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Coletando Meteoritos

Coletando Meteoritos

As chamadas ''estrelas cadentes'' são pedaços de rocha e/ou metal de variados tamanhos originários de cometas, choques de asteróides e ou ainda remanescentes da formação do Sistema Solar, que são atraídos pela força de gravidade da terrestre e colidem com a atmosfera superior da Terra e, devido à fricção, queimam-se. mas, quando estes corpos conseguem atravessar nossa atmosfera e alcançar o solo, então são chamados Meteoritos. Em outras ocasiões, satélites artificiais e partes de espaçonaves, ou qualquer outro lixo espacial, caem na atmosfera e queimam-se da mesma forma que os meteoros. O facho de luz (trail ou rastro) provocado pela queima de um corpo que entra na atmosfera da Terra é corretamente chamado de meteoro.

Um meteoro é formado quando um objeto, normalmente do tamanho deu uma bola de gude ou grão de pipoca, atinge a atmosfera à altitudes de 80 a 100 quilômetros (50 a 62 milhas). O ar a esta altitude é muito fino mas os objetos estão movendo-se a dezenas de milhares de quilômetros por hora, e muitas vezes os objetos maiores não se queimam por completo. Os fragmentos sobreviventes atravessam a atmosfera e caem na Terra. Uma vez caído na Terra, estes objetos são chamados meteoritos, sendo que muitos meteoritos caem sobre os oceanos da Terra.

Como podemos reconhecer um meteorito, e onde poderíamos caçar por eles?

O conceito clássico de um meteorito é de uma pedra pesada e preta. Este estereótipo é verdade em alguns casos, mas muitos, muitos outros meteoritos se assemelham às rochas terrestres mais mundanas. Estas só chamarão a atenção sendo diferente de todas as outras pedras que estiverem redor deles. Para entender o que poderia ser diferenciado em um meteorito quando no solo, primeiro nós temos que examinar a distribuição numérica dos três tipos principais de meteoritos, das classes dos meteoritos conhecidos (combinandos com as quedas e saber reconhece-los):

* Rochosos (Meteoritos) incluem aproximadamente 69 %;
* Ferrosos ou Metálicos (Siderites) incluem aproximadamente 28 %;
* Ferro-rochosos (Siderolites) incluem os 3% restantes.

Em primeiro lugar, se um meteorito é achado muito depressa, logo após sua queda na Terra, a maioria exibirá uma superfície global enegrecida, chamada de crosta de fusão. Esta crosta de fusão é resultante do calor pelo atrito quando de sua passagem pela atmosfera. Dependendo da composição do meteorito, a crosta de fusão pode aparecer vítrea, ou embotada com aspecto cortante. Os meteoritos Ferrosos (também conhecimos como metálicos) desenvolvem uma crosta de fusão que consiste em magnetite, e com aspécto semelhante ao de uma solda fresca no aço.

Uma vez que o meteorito está na superfície, todos os efeitos de desgastes (erosão) normais que corroem as rochas terrestres também afetam os meteoritos. Assim, sua crosta de fusão será perdida, transformando o meteorito em uma pedra, de cor clara com um matiz castanho. O desgaste químico, ou oxidação também ataca os meteoritos e os meteoritos ferrosos enferrujarão depressa. Os rochosos perderão completamente sua crosta de fusão. A água infiltrar-se-á no interior, e quimicamente vai alterar os minerais. O desgaste mecânico, através do frio, do calor e dos vento vai acabar reduzindo ou esfacelando o meteorito mais adiante. Isto é a explicação do por que a maioria dos antigos meteoritos achado serem da classe dos ferrosos, os quais são mais fortes e capazes de resistir a estes processos naturais.

A maioria dos candidatos a meteoritos, pelas porcentagens acima, é rochosa, e a atenção dos caçadores de meteoritos é direcionada à eles devido à essa maior possibilidade de aparecimento e pelo contrastante que fazem com o ambientes onde eles estão. Quanto à forma de identificação científica de um meteorito rochoso, é técnica que requer testes químicos que estão além do âmbito deste artigo e muito além de meu conhecimento.

Os Meteoritos Ferrosos freqüentemente podem ser reconhecidos pela sua forma. O derretimento do exterior desses corpos celestes às vezes fazem com que os meteoroides ferrosos cheguem à superfície esculpidos em formas fantásticas. Foram achados meteoritos metálicos com anéis completos e segmentos de arcos. Um meteorito metálico poderá apresentar uma superfície esburacada devido a queima de suas porções da liga metálica com uma temperatura de fusão mais baixa que a de outros meatais que o compõe, assim sua superf´cie é escavada pelo calor e pressão. Às vezes haverá pontos afiados que cercam estas covas, um efeito de separação. A identificação positiva de um meteorito metálico requer um processo de banho em ácidos que, novamente, estropola meu conhecimento.

Qualquer pessoa com propósito de sério interesse na procura de meteoritos deveria organizar uma visita a um museu com uma grande coleção de meteorito para não somente ver os espécimes espetaculares em exibição, mas também os espécimes mais comuns que fazem parte das coleção dessas instituições. Examinando muitos espécimes, o investigador ganhará um maior entendimento da variada aparência que os meteoritos podem apresentar.

As áreas mais prósperas para caçar meteoritos são abertas, achatadas, regiões áridas, normalmente tendo uma cor de fundo clara. Tais regiões têm as mais baixas taxas de desgaste mecânico e químico e preservam o meteorito porperíodos mais longos de tempo.

Foram encontrados meteoritos metálicos e ferro_rochosos em regiões de deserto depois da estação do outono que cairam na Terra a mais de 10,000 anos. As regiões áridas também oferecem grandes vantagens nas procuras visuais devido à relativa falta de vegetação ou corpos de água (rios, açúdes, lagos), como também uma cor de fundo clara contrastante .

As melhores áreas para a procura de meteoritos (embora não prático para a maioria das pessoas) são as regiões da terra cobertas pelas geleiras continentais, como no caso da Greenlandia e Antártica. Estas regiões cobertas de gelo oferecem o grau mais alto de preservação de um meteorito na época do verão, quando as geleiras perdem parte de seu gelo, do alto grau de contraste com o fundo branco, e só algumas pedras terrestres. Muitos dos meteoritos usados hoje em pesquisas foram recuperados durante expedições à Antártica.

Talvez para esses sem acesso aos áridos desertos ou geleiras continentais, o melhor lugar para fazer caça aos meteoritos está em terras recentemente aradas e especialmente seguido de chuvas recentes. Muitos dos meteoritos historicamentemais famosos foram encontrados por fazendeiros em terras aradas. Leitos de lagos, rios e açudes secos são bons locais para busca porque o vento quando soprar retirar a poeira da superfície, deixando os meteoritos expostos.

Os Meteoritos ferrosos são os mais fáceis de reconhecer e freqüentemente são os mais encontrados. Os Meteoritos rochosos são mais difíceis de serem reconhecidos e diferenciados das pedras terrestres, e com a irregularidade glacial (idade de gelo) que acabou por esfacelar muitos dos meteoritos da classe dos rochosos, fica ainda mais dificil destes serem encontrados e mais ainda de serem reconhecidos. A maioria dos meteoritos, inclusive as variedades dos rochosos, contém quantias suficientes de ferro (Fe) e níquel (Ni) para os fazer paramagnetic. Os caçadores de meteorito freqüentemente empregam detectores de metal, ou imãs muito fortes prensos à ponta de uma vara para auxiliá-los em suas procuras. Foram conhecidos meteoritos que " literalmente " pularam para fora de terra solta na presença de um imã muito forte.

* Meteoritos podem ser tanto rochosos, metálicos (níquel e ferro) ou uma mistura de ambos, os metálicos/rochosos.
* Meteoritos rochosos são difíceis de identificar. Eles não brilham ou são radioativos, mas podem ser reconhecidos por, algumas vezes possuírem uma cor enegrecida pela queima do bólido em contato com o atrito da atmosfera terrestre . Os rochosos são muito mais numerosos que os metálicos.
* Os meteoritos metálicos ou ferrosos são mais fáceis de achar. Raramente existem pedaços de metal encontrados em qualquer canto. Um detetor de metais pode ser usado na procura por meteoritos metálicos, principalmente em áreas secas e estéreis onde há pouca vegetação cobrindo o chão e penetrandos nele.
* Existe um modo fácil de coletar Micrometeoritos metálicos que são partículas microscópicas, sendo que toneladas deles caem na Terra todos os dia.

Para Coletar Micrometeoritos

Você precisa achar um local onde eles podem estar concentrados. Tubos de drenagem de casas ou prédios, podem funcionar bem uma vez que a água das chuvas pode arrastar partículas de todo um telhado e coletá-las através das calhas. Mas sujeira, plantas, e todos os outros tipos de material transportados pelo ar também são juntamente coletados.

Para encontrar micrometeoritos metálicos, coloque um recipiente sob a calha que recolhe a s águas das chuvas, colete e seque o material. Após remover as folhas e outros detritos, coloque o material restante sobre uma folha de papel e coloque um imã sob o papel. Incline e sacuda o papel de forma que todas as partículas não-metálicas caiam para fora. Muitas das partículas metálicas restantes são pedaços de poeira espacial!

Para examiná-las, coloque o papel em um microscópio. É necessário um grande aumento para vê-los claramente. A maioria das partículas não vem do espaço mas micrometeoritos irão exibir sinais de sua ardente viagem através da atmosfera. Eles serão arredondados e podem ter pequenos buracos em suas superfícies.

Muito do que você estará vendo são partículas que datam da formação do sistema solar, cerca de 4,6 bilhões de anos! Elas são detritos remanescentes da matéria-prima que formou os planetas e todos os outros corpos do sistema solar e do Universo. Muitas dessas partículas foram quebradas de choques entre asteróides, detritos espalhados pela passagem de cometas e ou caíram de objetos maiores.

Todos os meteoritos possuem pequenas quantidades de materiais radioativos que são utilizados pelos geocronologistas para datação dos meteoritos. Os que foram datados por esse sistema possuem idades situadas entre 4,2 e 4,7 bilhões de anos. O nivel de radiação de um meteorito é muito pequeno para ser nocivo à vida. Sendo assim, ao se achar um meteorito, é possivel a sua coleta sem riscos.

É facil o reconhecimento de um meteorito devido a características marcantes, como grânulos, cor acinzentada, marcas de escorrimento e pequenas depressões como marcas de dedo em barro, causadas pelo grande aquecimento decorrente do atrito. Ele não apresentará arestas por ter sido moldado pela resistência do ar.

Se sua composição for metálica, ele poderá alterar o cursor de uma bússola. Para a verificação de sua composição, fratura-se um pequeno pedaço da beirada a fim de não danificar a amostra, e caso seja um meteorito, apresentará ou grânulos, ou a mescla deste com metais.

Para a autenticação de meteorito em potencial, colocamos abaixo uma breve lista de instituições acadêmicas e museus que poderiam ser contactadas sobre autenticação de um potencial achado de meteorito . É altamente aconselhados para primeiro contactar a instituição e obter informação sobre suas políticas individuais considerando tal prova e taxas cobradas e transporte de qualquer material atual.

Instituições acadêmicas:

* Center for Meteorite Studies Arizona State University Temple, AZ 85281
* Institute of Geophysics and Planetary Sciences University of California Los Angeles, CA 90024
* Institute of Meteoritics Department of Geology University of New Mexico Albuquerque, NM 87131
* Lunar and Planetary Laboratory Space Sciences Building University of Arizona Tucson, AZ 85721

Museus:

* The American Museum of Natural History Central Park West at 79th St New York, NY, 10024
* The Field Museum of Natural History S. Lake Shore Dr. Chicago, IL 60605
* National Museum of Natural History Dept. of Mineral Sciences Smithsonian Institution Washington, DC 20560

CURIOSIDADES

* De 1492 até 1977 foram coletados 765 meteoritos de queda e 1179 achados. Atualmente houve um grande acréscimo neste número, principalmente após o inicio da exploração das regiões polares, como a Antártida.
* O número dos achados é muito baixo devido a desinformação da grande maioria da população a respeito dos meteoritos.
* O Brasil possui 21 meteoritos, 19 dos quais são de queda. É chamado meteorito de queda aquele que tem a sua trajetória de colisão observada.
* Existe hoje grande quantidade de meteoritos não registrados oficialmente em poder de leigos e apreciadores, o que compromete o número de amostra para pesquisa no Brasil.
* O meteorito de Bendegó é o nosso mais famoso meteorito. É um siderito e sua massa e da ordem de 5360 kg (quilogramas). Foi descoberto em 1816 na Bahia (palco da guerra de Canudos) às margens do riacho Bendegó e posteriormente trazido para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro em 1887/1888, atualmente se encontra em exposição na Quinta da Boa Vista. Ainda existe no local fragmentos de óxido de ferro, produzido pela ação do tempo sobre o meteorito. A queda do meteorito Bendegó, próximo do riacho que lhe deu o nome, no município de Monte Santo na Bahia, a exemplo do que ocorreu com a pedra da Caaba e Maomé I, tem, ao ser tido como espécie de sinal dos céus, relação com a ascenção da figura do Beato Conselheiro, lider religioso e político do Arraial de Canudos e responsável por uma das mais sangrentas páginas de nossa história. As primeiras referências a esse meteorito foram feitas pelos naturalistas Wollaston e Mornay aproximadamente em 1810. Até Euclides da Cunha faz-lhe mensão em sua obra "Os Sertões".
* O maior meteorito foi encontrado em Hoba West (Namíbia) com peso aproximado de 60 toneladas.
* O meteorito mais curioso é o meteorito de Meca, objeto de adoração do povo árabe, o qual é chamado de Pedra Negra, que segundo contam, foi trazida a Abraão pelo Anjo Gabriel.
* Diariamente cinco toneladas de meteoritos atingem a atmosfera terrestre, mas somente uma tonelada chega a atingir o solo.

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