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Como montar um PC - parte 17: Instalação do sistema operacional

Sistemas operacionais

O computador montado e com o disco rígido formatado está pronto para receber o sistema operacional. Seu dúvida os sistemas operacionais mais usados nos PCs são os derivados do Windows 95, como é o caso do Windows 98 e Windows ME (Millennium Edition). Por isso mostramos no capítulo anterior, logo após a montagem, a formatação lógica com FAT32, que permitirá o uso desses sistemas operacionais. Os outros sistemas operacionais mais usados são o Windows 2000 e o XP.
O Windows 2000 é derivado do Windows NT. Apesar de ser visualmente muito parecido com o Windows ME, suas aplicações não são as mesmas. Certos programas podem ser perfeitamente utilizados tanto no Windows 2000 como no Windows ME. Em poucas palavras, o Windows 2000 é voltado para aplicações profissionais, enquanto o Windows ME é mais indicado para a computação doméstica, multimídia e jogos. O Windows 2000 oferece recursos especiais de segurança e é indicado para servidores e estações de trabalho. A FAT32 pode ser usada com o Windows 2000, ou seja, um disco rígido no qual foram usados os programas FDISK e FORMAT como ensinamos no capítulo anterior, pode receber o Windows 2000. O ideal entretanto é que o disco no qual o Windows 2000 vai ser instalado use o NTFS, o sistema de arquivos próprio do Windows 2000.

Instalação do Windows 98/ME

Deixando de lado aspectos históricos, o Windows começou a se tornar popular entre os usuários na sua versão 3.0, seguida pelas versões 3.1 e 3.11. Essas versões não eram exatamente sistemas operacionais, e sim, ambientes operacionais. A rigor o sistema operacional ainda era o MS-DOS. Aquelas versões do Windows dependiam das funções de acesso a disco, gerenciamento de memória e outras tarefas básicas, todas realizadas pelo MS-DOS. Nesta época o Windows e o MS-DOS eram vendidos separadamente. Era preciso instalar inicialmente o MS-DOS, para depois instalar o Windows.

O Windows ME e seus antecessores

Em 1995 foi lançado o Windows 95, um verdadeiro sistema operacional, independente do MS-DOS. O MS-DOS foi descontinuado, mas podia ser encontrado dentro do próprio Windows 95. A partir de então, a Microsoft lançou anualmente novas versões do Windows 95. Algumas são realmente versões novas, outras são atualizações:
Ano
Versão
Código
1995
Windows 95
4.00.950
1996
Windows 95a ou OSR1
4.00.950a
1997
Windows 95b ou OSR2
4.00.950b, 4.00.950c
1998
Windows 98
4.10.1998
1999
Windows 98SE
4.10.2222A
2000
Windows Millennium (ME)
4.90.3000
Note que esta tabela indica, além do ano e versão, um código numérico. Este código é mostrado quando usamos o comando Sistema no Painel de Controle. É apresentado um quadro que indica o processador, a quantidade de memória e o código que identifica o sistema, como vemos na figura 1.
Figura 12.1
Descobrindo a versão do Windows 9x.
 
 
 
Oficialmente os produtos lançados foram três: Windows 95, Windows 98 e Windows ME. O Windows 95 sofreu duas atualizações, em 1996 e 1997. Nesta época, a versão original de 1995 continuava sendo a oficial, vendida nas lojas. O usuário deveria instalar os pacotes Service Pack 1 e Service Pack 2, obtidos pela Internet, para fazer o upgrade para as novas versões. Apenas no mercado OEM as novas versões eram utilizadas. Quem comprasse um computador em 1997, após a atualização OSR2, receberia instalado o Windows 95 OSR2 (OEM Service Release 2).
Apenas com o lançamento do Windows 98, o Windows 95 foi descontinuado. Em 1999, foi lançado o Windows 98 Second Edition (SE), e desta vez a Microsoft mudou a forma de distribuição. O Windows 98 original deixou de ser vendido e foi substituído pelo Windows 98SE, tanto no mercado de varejo como no mercado OEM, ou seja, em PCs novos fornecidos com o sistema instalado. Usuários do Windows 98 podiam fazer o download da atualização que o transforma em Windows 98SE. Também era possível aos usuários do Windows 98, comprar a atualização para 98SE, pagando apenas a taxa postal e o custo da mídia.
Em 2000 surgiu uma pequena confusão entre os usuários, logo desfeita. Foi lançado o Windows 2000, na verdade a versão 5.0 do Windows NT. Usuários desavisados pensavam ser o sucessor do Windows 98. No final do ano 2000 foi lançado o verdadeiro sucessor do Windows 98, o chamado Windows Millennium Edition, ou simplesmente, Windows ME. Como o Windows 95, Windows 98 e Windows ME são versões do mesmo sistema, é comum chamar os três pela designação Windows 9x.

Disco de inicialização

Quando um disco rígido está novo, precisa ser particionado e formatado com os programas FDISK e FORMAT, como mostramos no capitulo anterior. Para isso precisamos de um disquete com o boot do modo MS-DOS, e os programas FDISK.EXE e FORMAT.COM. Agora precisamos de um disquete capaz de realizar o boot e de dar acesso ao drive de CD-ROM no modo MS-DOS, para poder executar o programa de instalação do Windows ME. Felizmente existe uma forma fácil de gerar um disquete com tudo isso. Ao comprarmos o Windows ME, recebemos além do CD-ROM, um disquete de inicialização com esses recursos. Podemos ainda gerar um disquete similar, partindo de um computador com o Windows já instalado. Usamos os seguintes comandos:
Iniciar / Configurações / Painel de Controle / Adicionar e Remover Programas.
No quadro para adicionar e remover programas, selecionamos a guia “Disco de Inicialização”, como mostra a figura 2.
Figura 12.2
Para gerar um disquete de inicialização.
 
 
 
Depois que o disco estiver pronto, copie para ele o programa FORMAT.COM, que pode ser encontrado no diretório:
C:\WINDOWS\COMMAND
Se você estiver usando o disquete de inicialização que acompanha o Windows ME, não precisa gravar o FORMAT.COM. Aliás, não é muito bom fazer alterações diretas em disquetes originais. Você pode entretanto executar o boot por este disquete. Ele dará acesso ao drive de CD-ROM, e no diretório \WIN9X do CD de instalação do Windows ME, você encontrará o programa FORMAT.COM, necessário para a formatação lógica do disco rígido.
O mais importante do disco de inicialização do Windows é que ao executarmos o boot é apresentado um menu, no qual podemos escolher a opção:
Iniciar o computador com suporte a CD-ROM
No diretório \WIN9X do CD-ROM de instalação do Windows ME, encontramos os arquivos necessários à instalação, além do programa INSTALAR.EXE, que realiza a instalação propriamente dita.

Cópia do CD-ROM para o disco rígido

Podemos fazer a instalação a partir do CD-ROM, mas é recomendável proceder de outra forma, copiando para o disco rígido, o diretório de instalação do Windows. Além da instalação a partir do disco rígido ser mais rápida, não corremos o risco da instalação travar devido a algum problema ou incompatibilidade no drive de CD-ROM. O CD-ROM será acessado como drive E a partir do boot com este disquete. Use então os comandos:
C:
MD \WIN9X
CD \WIN9X
COPY E:\WINX
Com esses comandos estamos criando no drive C um diretório WIN9X, entrando neste diretório e copiando para o mesmo, o conteúdo do diretório \WIN9X do CD-ROM de instalação.

O processo de instalação

Terminada a cópia, usamos os comandos:
C:
CD\WIN9X
INSTALAR /P J
O parâmetro “/P J” é necessário para que sejam instaladas corretamente as funções de gerenciamento de energia. Dependendo da placa de CPU, problemas podem ocorrer nessas funções caso este parâmetro não seja usado. Não esqueça que existe um espaço em branco entre o “P” e o “J”.
Ao usarmos o comando INSTALAR, entrará inicialmente em ação o programa SCANDISK. Ele irá detectar e corrigir erros na estrutura lógica dos discos rígidos, e ao finalizar, apresentará um relatório de erros. A instalação só poderá prosseguir se os eventuais erros forem corrigidos. Para isto, basta selecionar a opção Corrigir, cada vez que o SCANDISK apresentar um erro. Normalmente, quando fazemos a instalação em um disco rígido novo, recém-formatado, não são encontra­dos erros, a menos que este disco tenha setores defeituosos de fabricação. Esses setores defeituosos não chegam a atrapalhar o funcionamento do computador, mas como o disco rígido é novo, convém pedir uma substituição. É possível que o disco rígido tenha sofrido danos durante o transporte.  

Figura 12.3 - O Scandisk é executado antes da instalação.
Terminado o trabalho do SCANDISK, entrará em ação o programa de instalação do Windows, mostrado na figura 4. Suas telas são gráficas, e os comandos po­dem ser executados pelo mouse.

Figura 12.4 - Programa de instalação do Windows ME.
A seguir é apresentado o quadro da figura 5, onde consta um contrato de licença para uso do software. É preciso marcar a opção Aceitar o contrato e clicar em Avançar.
Figura 12.5
Contrato de licença.
 
 
 
A seguir o programa de instalação perguntará a “chave do produto”, que é um código impresso em uma etiqueta, colada na parte traseira do CD de instalação (product key). É necessário fornecer este número cada vez que o Windows é instalado ou reinstalado.
Figura 12.6
É preciso fornecer o código do produto.
 
 
 
A seguir, o assistente de instalação pergunta qual é o diretório (ou pasta) onde será feita a instalação (figura 7). O local default é C:\WINDOWS. Se você quiser, pode escolher aqui outro nome.
Figura 12.7
Escolhendo o diretório de instalação.
 
 
 
A seguir o Assistente de Instalação prepara o diretório onde será feita a instalação, verifica se já existem outros programas instalados (não será o caso, já que a instala­ção está sendo feita em um disco vazio), e checa se o espaço disponível em disco será suficiente para a instalação. Finalmente é apresentado o quadro da figura 8, onde temos que dizer o tipo de instalação a ser feita. A instalação Típica é a mais indicada. As outras opções são mais adequadas a computadores portáteis, ou para PCs com pouca quantidade de memória RAM e pouco espaço em disco. Podemos escolher ainda a opção Personalizada (usaremos este no nosso exemplo), que permite escolher um a um, os componentes do Windows a serem instalados.
Figura 12.8
Escolhendo o tipo de instalação.
 
 
 
Será mostrado a seguir um quadro para preenchimento do nome do usuário e para o nome da empresa (opcional), como mostra a figura 9.
Figura 12.9
Nome do usuário e empresa.
 
 
 
No quadro da figura 10, podemos selecionar quais componentes e programas do Windows serão instalados. O quadro tem uma lista de categorias, como Acessórios, Acessabilidade, Catálogo de endereços, Comunicações, Ferramentas de Sistema, Jogos, etc.
Figura 12.10
Seleção dos componentes a serem instalados.
 
 
 
Ao clicarmos sobre cada uma dessas categorias, temos acesso a um outro quadro com a lista dos programas da categoria selecionada. Por exemplo, ao clicarmos em “Ferramentas do sistema”, será mostrada uma lista como a da figura 11. Aqui marcamos três programas que não estavam selecionados na configuração padrão: Mapa de caracteres, Monitor do sistema e Pastas compactadas.
Figura 12.11
Escolhendo programas.
 
 
 
Na próxima etapa, é pedida uma identificação do computador para ser usado em rede (figura 12). O usuário precisa fornecer um nome para o computador, um nome para o Grupo de Trabalho, e uma descrição opcional. Essas informações serão usadas caso o computador seja conectado a uma rede. Por default, o nome do computador é formado a partir do nome do usuário. O grupo de trabalho, por default, é o nome da empresa (ambas as informações foram fornecidas anterior­mente na figura 9, lembra-se?). Na figura 12 usamos como nome do grupo de trabalho, “WORKGROUP”. Use aqui o mesmo nome já em uso na rede na qual este computador será instalado, caso contrário terá problemas para acessar a rede. Posteriormente este nome pode ser mudado através de Painel de Controle / Rede / Identificação.
Figura 12.12
Identificando o computador na rede.
 
 
 
Será apresentada uma tela para indicação do idioma a ser utilizado. As versões internacionais do Windows estão preparadas para reconhecer diversos idiomas. A indicação feita aqui terá influência sobre os formatos de data e hora, representação do ponto decimal, símbolo monetário, etc.
Figura 12.13
Indicando o idioma.
 
 
 
A seguir será perguntado o país. Note que no caso do Brasil, esta informação é redundante, já que nosso idioma é o português. Lembre-se entretanto que existem países nos quais é usado mais de um idioma, como é o caso do Canadá, que usa o inglês e o francês.
Figura 12.14
Indicando o país.
 
 
 
Devemos agora informar o tipo de teclado utilizado. Curiosamente o teclado apresentado como default (Português / Brasil padrão) não é o que utilizamos. Encontramos no Brasil dois tipos de teclado. Um deles tem uma tecla “Ç” ao lado da tecla ENTER. Este é o chamado Teclado ABNT2, o escolhido na figura 15.
Figura 12.15
Indicando o teclado ABNT2.
 
 
 
O outro tipo de teclado comum no Brasil é o modelo americano, que não tem a tecla “Ç”. Este modelo é o chamado Estados Unidos Internacional, e é o que escolhemos na figura 16.
Figura 12.16
Indicando o teclado “sem Ç”.
 
 
 
A próxima tela é usada para a indicação do fuso horário. O default da versão brasileira é usar a hora de Brasília/São Paulo/Rio de Janeiro, que cobre a maior parte do nosso território. Temos entretanto várias outras opções compatíveis com outras zonas. Podemos ainda escolher neste quadro se o Windows deve ou não fazer o ajuste automático do horário de verão.
Figura 12.17
Indicando o fuso horário.
 
 
 
Neste momento o Windows irá gerar um disquete de inicialização, idêntico ao obtido pelo método já ensinado (Painel de Controle / Adicionar e Remover Programas / Disco de Inicialização). Você poderá colocar um disquete para este fim, ou clicar em Cancelar. Se não quiser que o Windows peça para gerar este disquete, use o parâmetro “/IE” no comando INSTALAR.
Figura 12.18
O assistente vai gerar um disquete de inicialização.
 
 
 
A próxima etapa é a cópia dos arquivos para o diretório C:\Windows do disco rígido. Esta cópia demora alguns minutos.
Figura 12.19
Começando a cópia dos arquivos.
 
 
 
Terminada a cópia dos arquivos para C:\Windows, será pedida a retirada do disquete para que seja feito o boot pelo disco rígido.
Figura 12.20
Retire o disquete para reiniciar.
   
 
Depois de realizado o boot, continuará automaticamente o processo de instalação. O Windows irá detectar o hardware presente no computador e instalar todos os drivers. O Windows possui drivers para centenas de dispositivos de hardware, como placas de vídeo, placas de som, modems, placas de rede, etc. Depois de alguns minutos estará terminada a instalação. Será executado um novo boot e teremos finalmente a conhecida tela do Windows, como vemos na figura 21.

Figura 12.21 - O  Windows está instalado.
Até aqui vimos a parte fácil da instalação do Windows. Até mesmo usuários principiantes são capazes de fazê-lo. Muitos usuários, ao passarem por problemas nos seus PCs, adotam uma solução válida, mas que não é simples como parece: formatam o disco rígido e instalam o Windows. Todos são capazes de chegar até aqui. Felizmente na maioria dos casos, chegar até aqui é suficiente. Os problemas acontecem quando o Windows não possui drivers apropriados para a placa de CPU e para as placas de expansão. O modem, a placa de som, a placa de rede e outras placas, podem ficar inativos. A placa de vídeo pode ficar limitada a operar no modo VGA, com apenas 16 cores e resolução de 640x480. As interfaces IDE podem ficar limitadas a operar em baixa velocidade. Pior ainda, as funções de gerenciamento de recursos de hardware da placa de CPU podem não funcionar, e termos vários conflitos de hardware e travamentos. O barramento AGP pode ficar inoperante, causando anomalias e travamentos no uso de programas que usam gráficos em 3D. As funções de gerenciamento de energia podem ficar mal configuradas, resultando em travamentos no desligamento do Windows e com problemas nos modos de economia de energia.
Use o Gerenciador de Dispositivos (Iniciar / Configurações / Painel de Controle / Sistema / Gerenciador de Dispositivos) e verifique se existem dispositivos com pontos de interrogação ou exclamação. Na figura 22 vemos que existem vários dispositivos nesta situação. Além disso a placa de vídeo está operando no modo VGA, bem aquém das suas capacidades.  
Figura 12.22
O Windows está instalado mas o trabalho ainda não acabou.
 
 
 
Para que tudo funcione corretamente é preciso tomar duas providências:
1) Instalar os drivers da placa de CPU
2) Instalar os drivers dos dispositivos marcados com “?” ou “!”
Veremos essas configurações nas duas sessões seguintes.

Instalação dos drivers da placa de CPU

Para controlar corretamente os dispositivos de hardware de um PC, o Windows precisa antes de mais nada controlar corretamente o chipset da placa de CPU. Estão aqui incluídas as seguintes funções:  
·         Controle do barramento AGP
·         Controle das interfaces IDE em modo Ultra DMA
·         Controle do gerenciamento de energia
·         Controle dos recursos Plug and Play
Quanto mais nova é uma versão do Windows, maiores serão as chances de possuir drivers apropriados para o chipset da placa de CPU. Infelizmente quando uma placa de CPU é recém lançada, são grandes as chances dos drivers que acompanham o Windows não serem adequados. Ao instalar, por exemplo, o Windows ME (set/2000) em PC cuja placa de CPU foi criada em 1999, provavelmente o Windows terá os drivers apropriados para a placa. Se instalarmos o mesmo Windows ME em um computador com uma placa desenvolvida em 2001, provavelmente os drivers do Windows não servirão. A grande dificuldade aqui é que esta inadequação de drivers não traz sintomas aparentes. Tudo pode estar correto no Gerenciador de Dispositivos, mas ocorrerem problemas nos modos gráficos 3D, lentidão no disco rígido, conflitos de hardware e problemas no gerenciamento de energia.
Para isso temos que instalar os drivers da placa de CPU. Eles são encontrados no CD-ROM que acompanha a placa de CPU. Podem ainda ocorrer problemas mais sérios. O CD-ROM que acompanha a placa de CPU pode estar desatualizado. Pode ser para Windows 98SE e não para Windows ME. Infelizmente este problema ocorre na prática. Tente utilizar esses drivers, mesmo desatualizados, caso você não tenha acesso à Internet. Se tiver, é melhor acessar o site do fabricante da placa de CPU ou o site do fabricante do chipset para obter os drivers mais atualizados para o chipset da placa de CPU.

Figura 12.23 - Programa de instalação dos drivers de uma placa de CPU.
A figura 23 mostra um exemplo de programa de instalação dos drivers de uma placa de CPU. Muitas vezes esses programas podem ser usados não somente para instalar os drivers do chipset, mas também para drivers de áudio e utilitários. Neste exemplo, os drivers do chipset são os chamados de “Via 4 in 1 drivers”.
Se os drivers que acompanham a placa de CPU estiverem desatualizados, pode ser necessário buscar a versão mais nova na Internet. Comece procurando o site do fabricante da placa de CPU. O endereço está indicado no manual da placa de CPU. Tome cuidado, pois os fabricantes de primeira linha têm sites na Internet, mas muitos fabricantes de segunda e terceira linha não têm. Ao comprar uma placa de CPU muito barata, você corre o risco de ficar “no mato sem cachorro” se precisar de qualquer tipo de suporte do fabricante.
Pior ainda é quando o usuário nem mesmo consegue identificar a marca da placa de CPU. Uma solução para o problema é usar o programa CTBIOS, que faz esta identificação e indica o endereço do site do fabricante.
Se não conseguirmos encontrar o site do fabricante da placa de CPU, podemos recorrer ao fabricante do chipset. Os principais fabricantes são:
Intel     www.intel.com 
VIA     www.via.com.tw 
ALI      www.ali.com.tw 
SiS       www.sis.com.tw 
Você encontrará em www.laercio.com.br/livro26.htm o programa CTBIOS para download, além de uma lista de sites de fabricantes de placas de CPU.  
Figura 12.24
Instalação dos drivers para chipsets VIA.
 
 
 
Bastante prático é o utilitário de instalação de drivers para os chipsets VIA Technologies. Os drivers mais recentes estão atualizados para todas as versões do Windows, e aplicam-se a todos os chipsets da VIA. São os chamados “Drivers 4 em 1”. Ao ser executado, o programa de instalação checa quais dos drivers são necessários. O menu de instalação poderá apresentar 4, 3, 2, 1 ou nenhum driver a ser instalado, dependendo da adequação ou não dos drivers já instalados. No exemplo da figura 24, serão instalados apenas o INF Driver e o AGP VxD Driver. Sem o INF Driver, o gerenciamento de energia e o uso de recursos Plug and Play será comprometido. Sem o AGP VxD Driver, também chamado de AGP Miniport Driver, a placa de vídeo sofre anomalias na imagem ao serem usados modos 3D. Essas anomalias são tela escura, cores trocadas, cores mudando de forma intermitente e travamentos.

Instalação dos drivers das placas de expansão

Dependendo das placas de expansão e interfaces instaladas, algumas delas poderão estar totalmente operacionais logo após a instalação do Windows, e outras delas poderão estar com falta de drivers. No computador usado no nosso exemplo, instalamos as seguintes placas de expansão:
·         Placa de vídeo Voodoo 3 3000 AGP
·         Placa de rede D-Link 530TX
·         Placa Sound Blaster Live
·         Placa de modem Motorola SM56 PCI
O gerenciador de dispositivos ficou com o aspecto mostrado na figura 25.
Figura 12.25
Alguns dispositivos estão funcionais, outros não.
 
 
 
Dessas placas, a única que o Windows ME configurou e instalou drivers apropriados foi a placa de rede D-Link 530TX, como vemos na figura 25. As outras placas foram instaladas com os seguintes problemas:
·         A placa de vídeo consta apenas como VGA
·         O modem consta como “PCI Communication Device”, está com “?”
·         A placa de som (“PCI Multimedia Áudio Device”) está com “?”
O dispositivo “PCI Input Controller” nada mais é que a interface de joystick existente na placa de som, que também está sem drivers instalados.

Ajustando o monitor

Antes de instalar os drivers da placa de vídeo, é importante declarar corretamente a marca e o modelo do monitor. Isto permitirá que a placa de vídeo possa ser ajustada da melhor forma possível para as capacidades do monitor usado. Os monitores modernos são Plug and Play. Eles são automaticamente detectados durante a instalação do Windows, e não precisamos fazer configurações adicionais. Monitores antigos entretanto podem ser apresentados como “Monitor desconhecido” (no Windows 95 e 98) ou como “Monitor padrão” (no Windows ME). Se o monitor estiver declarado desta forma, a imagem poderá perder o sincronismo quando os drivers da placa de vídeo forem instalados. Para declarar a marca e o modelo do monitor, usamos Painel de Controle / Vídeo / Configurações / Avançadas e selecionamos a guia Monitor. Usamos o botão Alterar e será apresentada uma lista de marcas e modelos, como a que vemos na figura 26.
Figura 12.26
Indicando a marca e o modelo do monitor.
 
 
 
Depois desta indicação podemos passar à instalação dos drivers da placa de vídeo.

Instalando os drivers da placa de vídeo

Esses drivers são obtidos no CD-ROM que acompanha a placa de vídeo, mas devemos dar preferência ao uso da versão mais recente, encontrada no site do fabricante da placa de vídeo.
Existem duas formas básicas de instalar drivers no Windows. O primeiro é o método geral, partindo do Gerenciador de Dispositivos e usando o comando Atualizar Driver. Muitos fabricantes utilizam este método padrão, que será apresentado mais adiante neste capítulo. O outro método é de utilização mais simples e consiste em executar um programa de instalação. Em alguns casos basta executar o programa. Em outros casos este programa faz apenas uma descompactação, e posteriormente devemos executar o programa SETUP.EXE para instalar os drivers.
Os drivers da placa Voodoo 3 3000 estão em um arquivo v3-w9x-1.06.00.exe (1.06.00 é a versão do arquivo). Ao executarmos este arquivo, entra em ação o descompactador automático do WinZip, perguntando o diretório onde deve ser feita a descompactação. Usemos o diretório C:\TEST.
Figura 12.27
Descomprimindo o software de instalação dos drivers.
 
 
 
Terminada a descompressão, podemos ver os arquivos que foram gerados, na figura 28. Usamos então o programa SETUP.EXE, que fará a instalação dos drivers e utilitários.
Figura 12.28
Executando a instalação.
 
 
 
O programa fará a instalação dos drivers e utilitários da placa de vídeo, e a seguir reiniciará o computador. O quadro de propriedades da placa de vídeo (Painel de Controle / Vídeo / Configurações / Avançadas) passará a contar com 4 novas guias:
·         3DFx Advanced Features
·         3DFx Color
·         3DFx Info
·         3DFx TV
Figura 12.29
Novas guias no quadro de propriedades de video.
 
 
 
A figura 29 mostra a guia Monitor. O modelo está indicado como “Monitor padrão”. Como vimos, quando isto ocorre temos que usar o botão Alterar para indicar a marca e o modelo do monitor.
A figura 30 mostra a guia 3DFx Advanced Features. Aqui podemos alterar opções de funcionamento da placa nos modos 3D. Existem ajustes individuais para a API Direct3D e outro para as APIs OpenGL e Glide. Normalmente não é necessário alterar as configurações usadas como padrão, mas podemos fazer aqui pequenas alterações para combinar melhor o desempenho e a qualidade de imagem.
Figura 12.30
Ajustes de desempenho e qualidade.
 
 
 
A guia 3DFx Color permite calibrar as cores para que apareçam mais vivas no monitor. A maioria das placas de vídeo possui esses ajustes.
Quando instalamos os drivers de uma placa de vídeo, é automaticamente selecionado um modo gráfico com resolução de 640x480, com 8 ou 16 bits por pixel. Podemos usar o quadro de configurações de vídeo para escolher uma resolução e um número de cores adequado. Na figura 31 usamos a resolução de 1024x768, com 32 bits por pixel.
Figura 12.31
Definindo a resolução de tela e o número de cores.
 
 
 
Outra providência importante é escolher a melhor taxa de atualização (refresh rate) para o monitor, em função da resolução utilizada. Para isso usamos na figura 31 o botão Avançadas e a seguir selecionamos a guia Adaptador (figura 32). Programamos agora o item Taxa de atualização. O ideal é utilizar o maior valor possível, entretanto valores superiores a 75 Hz não trazem melhoramento visual. Muito pelo contrário, podem piorar a nitidez da imagem. Usamos então valores próximos a 75 Hz.
Figura 12.32
Definindo a taxa de atualização do monitor.
 
 
 

DirectX

O Windows vem sempre acompanhado de uma versão relativamente recente do DirectX. O mesmo ocorre com a placa de vídeo. Mesmo assim, nem sempre essas versões são as mais atualizadas. No final do ano 2000, já estava disponível a versão 8.0, enquanto o Windows ME, lançado apenas três meses antes, ainda usava a versão 7.1. No curto espaço de poucos meses são lançadas novas versões do DirectX, o que faz com que os CD-ROMs que acompanham as placas de vídeo também fiquem desatualizados. Normalmente esses CDs possuem comandos independentes para instalar os drivers e o DirectX. Jogos 3D também são acompanhados do DirectX, mas a desatualização ocorre com poucos meses. A melhor coisa a fazer é obter a versão mais nova do DirectX, em www.microsoft.com/directx/. Para checar a versão do DirectX instalada em um PC, use Iniciar / Executar / DXDIAG.EXE.  

Figura 12.33 - Checando a versão do DirectX com o DXDIAG.EXE.
Na figura 33 vemos a guia Sistema do DXDIAG, onde está indicada, além de outras informações, a versão do DirectX, que no exemplo é a 8.0. A guia Exibir é usada para testar as funções de vídeo: DirectDraw (para gráficos 2D), Direct3D (para gráficos 3D) e Textura AGP. O teste de textura AGP é muito importante. Ele checa um dos mais importantes recursos do barramento AGP, que é de manter texturas na memória da placa de CPU e buscar automaticamente essas texturas para aplicar sobre os polígonos que formam as imagens em 
3D. 
Figura 12.34
Testes do DirectDraw e Direct3D.


 
 
 
Na figura 35 vemos os testes do Direct3D e da textura AGP. Ambos mostram cubos girando. O teste do Direct3D é feito em duas etapas, a primeira usando software, sem utilizar os recursos 3D da placa, e o segundo utilizando aceleração 3D por hardware. O teste de textura AGP mostra também um cubo girando, mas cada face possui a imagem de um logotipo do DirectX. 

Figura 12.35
Teste de textura AGP.


 
 
 
Tão importante quanto montar um computador é realizar os testes com todos os seus componentes de hardware, como é o caso do teste da placa de vídeo em modo 3D feito pelo DXDIAG. É comum por exemplo o caso do esquecimento da instalação do AGP Miniport Driver, o que causa anomalias nas imagens em modo 3D. Este esquecimento seria detectado se fossem realizados os testes com o DXDIAG.

Drivers da placa de som

Assim como ocorre com muitos dispositivos de hardware, o Windows poderá instalar automaticamente os drivers da placa de som, mas dependendo do modelo, poderá não ter os drivers apropriados. Neste caso temos que usar os drivers fornecidos pelo fabricante. Placas de som avulsas são fornecidas com um CD-ROM contendo os drivers apropriados, além de alguns utilitários de som. Placas de CPU com som onboard são acompanhadas de um CD-ROM contendo diversos drivers, inclusive os de som. Se a placa de som constar no Gerenciador de Dispositivos com um símbolo “?”, significa que os drivers não puderam ser instalados. Na figura 22, a placa de som aparece como “PCI Multimedia Audio Device” e “PCI Input Controller”. Os chamados “Audio Devices” são dois componentes de áudio da placa de som: o responsável pela digitalização e reprodução de sons digitais (sons WAVE) e o responsável pela geração de sons de instrumentos musicais (MIDI). O item indicado como “PCI Input Controller” é a interface para joystick existente na placa de som.
Instalar um driver de som desatualizado não traz em geral conseqüências negativas ao computador. Não são drivers críticos quanto, por exemplo, os drivers do chipset. Podemos até mesmo usar drivers de Windows 95 sob o Windows 98 ou Windows ME sem problemas, na maioria dos casos. Portanto você poderá a princípio instalar os drivers que acompanham a placa. O ideal entretanto é obter os drivers mais recentes, no site do fabricante.
O método “padrão Windows” para instalar um driver é clicar no item problemático (que está sem driver) no Gerenciador de Dispositivos, selecionar a guia Driver e clicar no botão “Atualizar Driver”.
Figura 12.36
Método padrão do Windows para atualizar um driver.
 
 
 
Será apresentado o quadro da figura 37, que é o assistente para atualização de driver. Ao usarmos a opção “Procurar automaticamente por um driver melhor”, será feita uma busca no drive de disquetes e no driver de CD-ROM. Serão encontrados os drivers compatíveis com o dispositivo que está sendo instalado. Caso seja encontrado mais de um driver, podemos escolher um. O ideal é escolher o mais recente. Já que é feita esta busca, devemos colocar, antes de clicar em Avançar no quadro da figura 37, o disquete ou o CD-ROM que acompanha a placa que está sendo instalada.  
Figura 12.37
Para encontrar o driver de um dispositivo de hardware.
 
 
 
Na figura 37 encontramos ainda a opção Especificar o local do driver. Este método é útil quando o driver não está em disquete nem em CD-ROM. É o caso de quando obtemos o driver pela Internet e o descompactamos em um diretório. Devemos então usar a segunda opção e indicar o diretório onde estão os drivers.
Este é o método padrão para instalar drivers, mas muitos fabricantes optam por um processo mais simples para o usuário, que é usar um programa de instalação, similar ao que exemplificamos para a placa de vídeo Voodoo 3 3000. Em alguns casos basta executar o programa, e ele fará a auto descompactação e será executado automaticamente. Em outros casos é preciso primeiro descompactar o software em um diretório para depois então executar um programa SETUP.EXE que faz a instalação dos drivers propriamente dito.  
Figura 12.38
Drivers da placa de som já instalados.
 
 
 
Terminada a instalação dos drivers, a placa de som passará a constar no Gerenciador de Dispositivos em Controladores de Som, vídeo e jogo, como mostra a figura 38. No nosso exemplo estamos usando uma placa Sound Blaster Live, e seus drivers adicionam dispositivos em uma outra área, chamada “Creative Miscellaneous Devices”. Entre os dispositivos instalados vemos a interface para joystick (Creative Gameport Joystick) e a emulação de Sound Blaster 16 para o modo MS-DOS (Creative SB16 Emulation). Este recurso faz com que a placa de som possa ser usada nos jogos para MS-DOS, como se fosse uma Sound Blaster 16. Nem todas as placas de som apresentam este recurso. A maioria delas funcionam apenas no Windows e ficam desativadas no modo MS-DOS.
Depois de instalar a placa de som, convém realizar três tipos de testes: reprodução WAV, reprodução MIDI e CDs de áudio. Podemos usar por exemplo o programa Gravador de Som e abrir um dos arquivos WAV encontrados em C:\Windows\Media para fazer o teste de reprodução. Podemos ainda utilizar o Windows Media Player para abrir e reproduzir arquivos WAV e MIDI. Devemos ainda colocar no drive de CD-ROM, um CD de áudio para testar a sua funcionalidade. Muitos montadores esquecem, por exemplo, de conectar o cabo de áudio que liga o drive de CD-ROM à placa de som, fazendo com que os CDs de áudio fiquem “mudos”. Esses testes evitam futuros transtornos para o usuário.  

Figura 12.39 - Podemos testar CDs da áudio, sons WAV e MIDI com o Windows Media Player.
Terminados os testes básicos com a placa de som, devemos instalar os utilitários que a acompanham. Normalmente são fornecidos programas de demonstração, programas para composição e edição de sons, conversores e reprodutores MP3, programas de configuração do alto falante, etc. Esses utilitários estão no CD-ROM que acompanha a placa de som. A figura 40 mostra o grupo de utilitários que acompanha a placa Sound Blaster Live.

Figura 12.40 - Utilitários da placa de som.
Muitas placas de som são quadrifônicas, permitindo ligar 4 alto falantes (2 dianteiros e 2 traseiros). Se for o caso, será preciso informar ao Windows para utilizar os 4 alto falantes. A configuração de alto falantes é feita pelo Painel de Controle, comando Sons e Multimídia. Selecionamos a guia Áudio e no campo Reprodução clicamos em Avançada. Será apresentado o quadro da figura 41, onde selecionamos a guia Alto-falantes, e podemos escolher a configuração adequada. Neste exemplo usamos alto falantes quadrifônicos.
Figura 12.41
Configuração dos alto falantes.
 
 
 

Configuração do modem

Praticamente não existem diferenças entre as instalações de drivers de modems, rede, placas de som e placas de vídeo. Podemos utilizar o método padrão do Windows (Gerenciador de Dispositivos / Driver / Atualizar driver) ou utilizar um programa de instalação fornecido pelo fabricante. Terminada a instalação dos drivers, temos que fazer algumas configurações. Nesta etapa é que estão as diferenças entre os diversos dispositivos de hardware. Vejamos inicialmente o exemplo de instalação dos drivers de um modem Motorola SM56 Speakerphone Voice. O Windows ME não possui drivers para este modem, portanto temos que fazer a instalação. É recomendável obter os drivers mais recentes pela Internet. Em caso de impossibilidade, podemos usar os drivers que acompanham a placa, e depois fazer a atualização para drivers mais novos. Estaremos supondo que os drivers atualizados foram descompactados em um diretório C:\TEST. Usamos o método padrão, com Gerenciador de Dispositivos / Driver / Atualizar driver, e será mostrado o quadro da figura 42.
Figura 12.42
Instalando drivers do modem Motorola SM56.
 
 
 
Como vamos usar drivers que estão em C:\TEST, escolheremos a opção “Especificar o local do driver”. O quadro seguinte (figura 43) terá um local para a indicação do diretório onde estão os drivers.
Figura 12.43
Indicando onde estão os drivers.
 
 
 
O assistente para adicionar novo hardware encontrará neste diretório, o arquivo de informações sobre drivers, SMSERIAL.INF (figura 44).  
Figura 12.44
Encontrado o arquivo de informações sobre drivers, SMSERIAL.INF.
 
 
 
A partir deste arquivo, serão encontrados os drivers compatíveis com a placa. Quando é encontrado mais de um driver compatível, é apresentada uma lista para que possamos escolher o mais recente. No caso de Voice Modems (modems com capacidade de realizar operações com voz, como secretária eletrônica e viva-voz), será feita a instalação de um dispositivo chamado “Wave device for Voice Modem”. Trata-se de uma espécie de “placa de som” simples embutida no modem. A figura 45 mostra o início da atualização dos drivers para este dispositivo.  
Figura 12.45
Instalando o driver para o dispositivo de voz do modem.
 
 
 
Suponha que tenhamos procurado os drivers no CD-ROM (drive H no computador deste exemplo), e que tenham sido encontrados dois drivers apropriados (figura 46). Observe que existem drivers para Windows NT 4.0 e para Windows 9x. Devemos então escolher a opção para Windows 9x, que é o nosso caso.  
Figura 12.46
Escolhendo o driver apropriado.
 
 
 
Termina aqui a fase de instalação dos drivers. Devemos agora testar e configurar o modem e testar a conexão com a Internet.

Configurando e testando o modem

As configurações e testes realizados nos modems são mais ou menos padronizados, ou seja, independem do modelo do modem. Usaremos como exemplo o modem Motorola SM56, para o qual acabamos de apresentar a instalação de drivers. O modem passará a constar no Gerenciador de Dispositivos na seção Modems, e não mais em Outros dispositivos.  
Figura 12.47
Este modem já está com os drivers instalados.
 
 
 
Começamos com um clique duplo sobre o modem no Gerenciador de Dispositivos e será apresentado o quadro de propriedades do modem. Selecionamos a guia Conexão e clicamos no botão Avançadas (figura 48). Usamos então as seguintes configurações:
Usar controle de erro / Requerido para conexão
Configurações adicionais: X3
A primeira configuração acima obriga que as conexões sejam estabelecidas apenas com controle de erro. Isto resultará em conexões mais confiáveis. A segunda configuração acima não é obrigatória. Ela é usada para resolver problemas em linhas de centrais telefônicas KS ou PABX. Quando um modem está ligado a um ramal deste tipo de central, muitas vezes o tom de discagem não é reconhecido, pelo fato do tom da central utilizar uma freqüência ligeiramente fora do padrão. Este problema é resolvido quando adicionamos a string X3 nas configurações adicionais.  
Figura 12.48
Configurações avançadas da conexão.
 
 
 
Eventualmente modems podem apresentar problemas que podem ser solucionados com o uso de strings de configuração apropriadas, sugeridas pelos fabricantes. Todas essas strings são indicadas no campo Configurações adicionais, mostrado no quadro da figura 48. Você encontrará endereços de sites com listas de strings de configuração para diversos modelos de modems, em www.laercio.com.br/livro26.htm.
Voltando ao quadro de propriedades do modem, selecionamos a guia Modem, mostrada na figura 49. Aqui podemos controlar o volume do alto falante do modem. Este é um alto falante que reproduz os sons durante o início da conexão. Podemos assim monitorar o som da discagem e do estabelecimento da conexão.  
Figura 12.49
Ajustando o volume do alto falante do modem.
 
 
 
Vamos agora ao comando Modems do Painel de Controle para fazer um rápido teste. Será apresentado o quadro da figura 50. Podemos fazer aqui várias das configurações no modem obtidas pelo Gerenciador de Dispositivos. Selecione a guia Diagnóstico para testar o modem.  
Figura 12.50
Quadro de propriedades do modem, no Painel de Controle.
 
 
 
O quadro de propriedades assumirá o aspecto mostrado na figura 51. Selecione o modem e clique em Mais informações.  
Figura 12.51
Testando o modem.
 
 
 
Depois de alguns segundos, serão apresentadas algumas informações sobre o modem, como mostra a figura 52. A exibição dessas informações indica que o modem está corretamente instalado.
Figura 12.52
Informações sobre o modem.
 
 
 
Entre as inforamações apresentadas, procure aquelas que começam com ATI7. Uma delas deverá fazer menção ao protocolo V.90, utilizado como padrão internacional nas conexões a 56k. Esta é uma forma de confirmar se um modem segue ou não o padrão V.90.

Criando uma conexão com a Internet

Um bom teste para o modem é fazer uma conexão com a Internet. Para fazer este teste, obviamente será preciso ter um provedor pré-contratado. Para criar uma conexão, usamos o comando Acesso à rede dial-up, na janela Meu Computador (figura 53).

Figura 12.53 - Para criar uma conexão com a Internet.
Ao usarmos este comando, devemos clicar no ícone “Fazer nova conexão”. Quando não existem conexões criadas, é automaticamente aberta a janela da figura 54, na qual criamos uma nova conexão. Devemos indicar um nome para a conexão (o nome do provedor, por exemplo). Indicamos também o modem utilizado.  
Figura 12.54
Criando uma nova conexão.
 
 
 
A seguir preenchemos o telefone do provedor, o código da cidade e o país. A conexão estará então pronta para uso.  
Figura 12.55
Finalizando a criação da conexão.
 
 
 

Configuração da rede

Dependendo do modelo, a placa de rede pode ter seus drivers automaticamente instalados pelo Windows. Também é possível que o Windows não tenha os drivers apropriados. Neste caso temos que fazer a instalação dos drivers, de forma similar à que mostramos para as demais placas de expansão. A figura 56 mostra como aparece a placa de rede no Gerenciador de Dispositivos, quando os drivers não foram instalados automaticamente. Na seção Outros dispositivos encontramos a placa indicada como PCI Ethernet Controller.  
Figura 12.56
Quando uma placa de rede não teve seus drivers instalados.
 
 
 
Utilizamos os processos usuais para fazer a instalação dos drivers. Na figura 57, usamos o método padrão, e vemos que foi encontrado o arquivo de informações sobre drivers, o NET82557.INF.  
Figura 12.57
Encontrado arquivo de informações sobre drivers.
 
 
 
Terminada a instalação dos drivers, a placa de rede constará corretamente no Painel de Controle. Na pasta Meus locais de rede (no Windows 95 e 98 era chamada de Ambiente de rede) usamos o comando Adicionar local de rede, caso não estejam sendo indicadas pastas, drives e impressoras compartilhadas.
Figura 12.58
Janela Meus Locais de Rede.
 
 
 
Com o comando Adicionar local de rede podemos encontrar os recursos compartilhados da rede, que passarão a ser indicados neste janela, como mostra a figura 59.  
Figura 12.59
Locais de rede encontrados.
 
 
 
Caso a rede não esteja acessível, devemos checar os cabos e a configuração de rede. Chegamos a esta configuração com o comando Rede no Painel de Controle. Entre os componentes instalados, precisamos ter:
·         Adaptador de rede
·         Protocolo de rede
·         Cliente de rede
Figura 12.60
Quadro de configurações de rede.
 
 
 
No caso da figura 60, vemos a indicação do adaptador de rede Intel Pro/100 VE, o protocolo TCP/IP atuando sobre este adaptador de rede, e o Cliente para redes Microsoft. Devemos checar ainda a guia Identificação, e programar o nome do grupo de trabalho válido para a rede. Em geral é usado para designar o grupo de trabalho, o nome WORKGROUP ou então o nome da empresa.

Instalação do Windows 2000 / XP

O Windows 2000 é a nova versão do Windows NT, e seu visual é bastante parecido com o do Windows 98 e Windows ME. Seu processo de instalação é ligeiramente diferente.
Uma das várias diferenças é o seu sistema de arquivos. O Windows 9x (95, 98 e ME) utiliza o sistema FAT (File Allocation Table, ou Tabela de Alocação de Arquivos). O método usado pelo Windows 2000 é completamente diferente, e é chamado de NTFS (NT File System). O Windows 2000 pode ainda trabalhar em discos com FAT32. A eficiência da FAT32 é menor que a do NTFS, mas usar FAT32 torna possível acessar arquivos de forma simultânea pelo Windows ME e pelo Windows 2000.
Quando mostramos o particionamento e a formatação do disco rígido, usamos os programas FDISK e FORMAT, que resultam na FAT32. Deixar o disco inicialmente com FAT32 é uma boa idéia se quisermos executar programas de diagnóstico para checagem do disco rígido. Esses programas normalmente operam no modo MS-DOS com FAT16 ou FAT32. Seja como for, durante a instalação do Windows 2000 podemos optar por deixar o disco formatado com FAT32 ou fazer a sua conversão para NTFS. Se não quisermos usar os programas FDISK e FORMAT, podemos deixar o disco rígido sem partição alguma. O programa de instalação do Windows 2000 irá criar partições do NTFS.

Preparação do disco rígido

A forma mais simples de instalar o Windows 2000 é executar um boot com o seu CD-ROM de instalação. Todas as placas de CPU modernas permitem executar o boot por um CD-ROM. Basta indicar no Advanced CMOS Setup, a seqüência de boot apropriada, por exemplo A: CD-ROM C: fará com que o boot pelo CD-ROM tenha preferência sobre o boot pelo disco rígido.  

Figura 12.61 - Programa de instalação do Windows 2000.
Ao executarmos o boot com o CD de instalação, entrará em ação o programa mostrado na figura 61. Este programa não fará a instalação propriamente dita, apenas dará início a ela. Ele vai preparar o disco rígido, copiará para ele os arquivos de instalação e executará um boot, que desta vez deverá ser com o disco rígido, para que o processo de instalação continue.

Figura 12.62 - Contrato de uso do software.
Inicialmente será apresentado um contrato de licença do uso do software. Temos que concordar com este contrato para prosseguir com a instalação, teclando F8.  

Figura 12.63 - Indicando a partição a ser usada.
A próxima tela (figura 63) pode assumir diferentes aspectos, dependendo das partições existentes no disco rígido. Com ela podemos:
·         Deletar partições
·         Criar partições FAT32 e NTFS
·         Indicar a instalação para uma área ainda não particionada
Podemos até mesmo utilizar o recurso Dual Boot. Se o disco rígido tiver uma partição primária com o Windows ME já instalado, e um espaço livre descontando a partição primária, podemos utilizar este espaço para criar uma partição para instalar o Windows 2000. Ao ligarmos o computador será apresentado um gerenciador de boot com o qual podemos escolher entre o Windows ME e o Windows 2000. No nosso exemplo usaremos o caso mais simples. Nosso disco rígido está inteiramente formatado com FAT32. Faremos a instalação nesta partição única, mas usaremos a conversão para NTFS.

Figura 12.64 - Indicando como a partição deve ser usada.
Na tela da figura 64 indicamos como deve ser tratada a partição na qual o Windows 2000 vai ser instalado. Estamos usando uma partição com FAT32 e faremos a conversão para NTFS.

Figura 12.65 - Confirmando a conversão para NTFS.
Na figura 65 temos que confirmar a conversão para NTFS. Isto tornará os dados desta partição inacessíveis a sistemas que operam com FAT32, como Windows 9x e MS-DOS. Teclamos “C” para confirmar a conversão.

Figura 12.66 - Cópia dos arquivos.
Será dado início à cópia dos arquivos do CD-ROM para o disco rígido. Note que neste momento ainda não existe conversão para FAT32. Ela só será feita depois que o próximo boot for realizado. Terminada a cópia dos arquivos, retiramos o CD-ROM e executamos um boot pelo disco rígido.

O processo de instalação

No início do próximo boot, entrará em ação uma forma gráfica do programa de instalação. Ele começará com a conversão de FAT32 para NTFS, conforme comandamos na primeira etapa. Note que neste momento, os arquivos de instalação do Windows 2000 já foram copiados para o disco rígido. A conversão será feita sem a perda desses dados. Feita a conversão, que demora alguns minutos, será executado mais um boot pelo disco rígido. Devemos ainda ter em mãos o CD-ROM de instalação, pois será pedido para o restante do processo.  
·         O processo de instalação continuará com as seguintes etapas:
·         Detecção de dispositivos de hardware e instalação dos seus drivers
·         Definição de país e idioma
·         Definição do layout do teclado
·         Informação do nome do usuário e empresa
·         Entrada da Product-Key, a senha impressa na embalagem do CD
·         Indicação de data, hora e fuso horário
·         Instalação dos componentes de rede
·         Mais um boot
·         Informação do nome do usuário e senha
O processo é relativamente simples e em vários aspectos lembra um pouco a instalação do Windows ME.  
Figura 12.67
Tela do Windows 2000.
 
 
 
 Terminado o processo de instalação, teremos a área de trabalho do Windows 2000, como mostra a figura 67. Como vemos, é bastante similar à do Windows 95 e Windows ME, exceto por alguns pequenos efeitos visuais diferentes. Os comandos também estão quase todos no mesmo lugar. Veja por exemplo na figura 68 o comando de configurações de vídeo. Aqui indicamos a resolução número de cores a serem usados.
Figura 12.68
Configurações de vídeo no Windows 2000.
 
 
 
Usando o botão Avançado, chegaremos ao quadro de propriedades do monitor e placa de vídeo, mostrado na figura 69. Devemos selecionar a guia Monitor para regular a taxa de atualização.  
Figura 12.69
Regulando a taxa de atualização do monitor.
 
 
 
O Gerenciador de Dispositivos é bastante parecido. Possui formato de janela redimensionável ao invés de usar um quadro de tamanho fixo, mas apresenta os mesmos itens de hardware exibidos no Windows 9x.  
Figura 12.70
Gerenciador de dispositivos do Windows 2000.
 
 
 
Observe que no exemplo da figura 70, a placa de som, a placa de vídeo e a placa de rede estão corretamente instalados com os drivers nativos do Windows 2000. Apenas o modem ficou sem drivers instalados, e consta em Outros dispositivos como Controlador de comunicação PCI simples. Para instalar seus drivers, clicamos neste item, selecionamos a guia Driver e usamos o botão Atualizar Driver. Entrará em ação o assistente para atualização de driver, mostrado na figura 71. Visualmente é um pouco diferente, mas opera de forma similar aos assistentes do Windows 98 e Windows ME.  
Figura 12.71
Assistente para atualização de driver.
 
 
 
Usamos na figura 72, a opção “Procurar por um driver adequado para o dispositivo”, e poderemos assim usar o driver presente em um disquete, em um CD-ROM ou previamente descomprimido em um diretório.  
Figura 12.72
Indicando como o driver vai ser encontrado.
 
 
 
Chegamos então ao quadro da figura 73, onde indicamos onde o driver deve ser procurado: disquete, CD-ROM, em um diretório do disco rígido, ou até mesmo na rede.  
Figura 12.73
Indicando o local onde está o driver.
 
 
 
O restante do processo é similar ao usado pelo Windows 9x. Este é o método padrão de instalação, mas assim como ocorre no Windows 9x, alguns fabricantes podem criar programas de instalação para os drivers.
No passado existiam diferenças entre drivers para Windows 9x e drivers para Windows NT. A partir do Windows 98, a Microsoft padronizou o uso de drivers WDM (Windows Driver Model). São drivers que servem tanto para o Windows 98/ME quanto para o Windows NT e 2000. Atualmente os fabricantes podem produzir um único driver para ambos os sistemas. Não existem mais problemas de dispositivos que não funcionam no Windows NT/2000 por falta de drivers.  

Drivers a serem instalados

Assim como ocorre no Windows 9x/ME, no Windows 2000 também temos que instalar drivers para a placa de CPU e para os demais dispositivos de hardware. É recomendável utilizar as versões mais recentes, disponíveis nos sites dos fabricantes. Alguns fabricantes produzem drivers universais, outros optam por fornecer drivers separados para Windows 9x e Windows 2000.

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