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Parte 18: CMOS SETUP




   
    Artigo baseado no livro
Hardware total

O Setup dos PCs é feito de forma automática, normalmente não é preciso fazer alterações. Quase sempre, quem monta micros usa a configuração automática (Load BIOS Defaults, o similar). Entretanto para resolver problemas de hardware através do Setup, é preciso ter um bom conhecimento dos seus itens. 


parte 2

Advanced Chipset Setup

Perigo !!!
Alguns dos itens localizados no Advanced Chipset Setup devem permane­cer obri­gatoriamente com seus valores default, caso contrário, a placa de CPU pode expe­rimentar problemas de funcionamento. Por exemplo, exis­tem alguns itens que de­finem a velocidade de acesso às memórias. Se for utilizada uma velocidade acima da recomendada, o processador pode receber dados errados da memória, o que inviabiliza o seu funcionamento. Altere esses itens apenas se for estritamente necessário, e se você souber muito bem o que está fazendo.
Nas explicações que se seguem, usaremos muito o termo envenenamento, talvez por não termos encontrado palavra melhor para descrever a idéia. Certos ajustes feitos no CMOS Setup resultam em aumento de velocidade, de forma totalmente segura. Por exemplo, usar o PIO Mode 4 nas transferências do disco rígido, ou o modo Ultra DMA 33/66/100, no caso de discos rígidos que possuem este recurso. Isto não é envenenamento. É um aumento seguro de desempenho. Por outro lado, reduzir ao mínimo o tempo dos ciclos de memória resulta em aumento de desempenho, mas pode deixar o PC operando de forma instável. Isto é um envenenamento. O PC, caso continue funcionando bem, ficará mais veloz, mas corremos o risco de instabilidades, como travamentos ou os famigerados GPF’s (falha geral de proteção) no Windows. Quando algum item é envenenado, o procedimento correto é medir o desempenho do PC (usando programas medidores de desempenho, como por exemplo, o Norton Sysinfo). Se o índice de velocidade aumentar, significa que o envenenamento melhorou o desempenho. Resta agora testar o PC para verificar se seu funcionamento está normal, sem apresentar anomalias como GPFs e travamentos. Se esses problemas ocorre­rem, devemos reprogramar com seu valor original, o item que foi envenenado. Por outro lado, se ao envenenarmos um determinado item, constatarmos que o índice de velocidade do PC foi inalterado, significa que não traz melhoramentos no desempenho, e não vale a pena ser usado. Voltamos então a usar o seu valor original.

Auto Configuration

Em todos os Setups, este item está ativado por default. Faz com que di­versos itens críticos relacionados com a velocidade de transferência de dados entre o pro­cessador e a memória sejam programados de modo adequado, além de ficarem inacessíveis para alterações. Se você não quer ter problemas, deixe esta opção habi­litada. Se você quiser alterar a maioria dos itens descritos a seguir, será preciso des­ligar a Auto Configuração.

CPU Frequency

Permite escolher o clock externo a ser usado pelo processador. Em geral este item é programado através de jumpers da placa de CPU, mas muitas delas podem operar em modo jumperless, com comandos do Setup substituindo os jumpers. O clock externo deve ser programado de acordo com o processador (66, 100, 133 MHz, etc.). Não esqueça que processadores Athlon e Duron operam com DDR (Double Data Rate). Quando um Athlon, por exemplo, usa o “clock externo de 200 MHz”, está na verdade usando 100 MHz com duas operações por ciclo.

DRAM to CPU Frequency Ratio

Tradicionalmente as placas de CPU têm operado com DRAM que usam o mesmo clock externo usado pelo processador. Por exemplo, com 100 MHz externos, usam memórias padrão PC100. Chipsets mais modernos podem suportar diferentes velocidades para o processador e para a DRAM. Este é o chamado modo assíncrono. Um Celeron pode operar com clock externo de 66 MHz mas usar memórias de 100 MHz. Um Pentium III pode ser de versão com clock externo de 100 MHz e operar com memórias de 133 MHz. Processadores Athlon de 100 MHz (200 MHz com DDR) pode utilizar memórias de 100 ou 133 MHz, dependendo do chipset. Nas placas de CPU que apresentam este recurso, encontramos no CMOS Setup este item que permite escolher a relação entre o clock do processador e o clock da DRAM. Use a opção 3:3 para que ambos usem o mesmo clock. Use a opção 4:3 para casos em que memórias PC133 são usadas com processadores com clock externo de 100 MHz. Note que à medida em que são lançados processadores com outros valores de clock externo, e memórias DRAM com novas velocidades, este item tende a ser cada vez mais comum, e apresentar mais opções de configuração.

Spread Spectrum Modulation

As atuais placas de CPU geram sinais digitais de altas freqüências. A elevada emissão eletromagnética pode causar interferências em outros aparelhos. Muitos chipsets modernos podem alterar a forma de onda desses sinais digitais, eliminando componentes de alta freqüência e reduzindo a intensidade das emissões eletromagnéticas. Deixe habilitado para que as emissões sejam minimizadas.

SDRAM CAS Latency
SDRAM RAS Precharge Time
SDRAM RAS to CAS Delay

Esses três itens são programados automaticamente quando usamos a configuração default para a SDRAM. Com ela, o BIOS consulta o chip SPD (Serial Presence Detection) de cada módulo SDRAM e programa esses três parâmetros de forma automática. Os três juntos definem os ciclos de leitura e escrita da SDRAM. Quando escolhemos a configuração manual (sem usar o SPD), podemos atuar individualmente sobre esses três itens. Reduzir esses parâmetros é uma forma de “envenenar” os acessos à memória. Isto pode ser feito com relativa segurança quando as memórias utilizadas são mais rápidas que as exigidas pela placa de CPU. Por exemplo, se uma placa só suporta memórias PC100, instalar memórias PC133 não traz aumento de desempenho, a menos que possamos fazer essas três configurações de forma manual, utilizando valores mínimos. Os valores que resultam em maior desempenho (se a memória suportar) são 2-1-1 (CL=2). Na prática não usamos CL=1, pois normalmente não funciona. Usar valores maiores é uma forma de resolver problemas de travamentos, que podem ser causados por lentidão das memórias.

Byte Merge

Ao ser habilitado, este comando otimiza o desempenho das operações de escrita no barramento PCI, agrupando escritas de dados de 8 e 16 bits dentro de um único grupo de 32 bits. O barramento PCI opera com mais eficiência nas operações de 32 bits, e as operações de 8 e 16 bits são mais lentas. Habilitar este item pode melhorar o desempenho de placas de vídeo, controladoras SCSI e IDE.

DRAM Read Latch Delay

Este parâmetro é um ajuste fino sobre o funcionamento do controlador de memória existente no chipset. São oferecidas opções como 0 ns, 0.5 ns, 1ns e 2ns. Valores menores podem contribuir de forma indireta para um melhor desempenho. Com menor valor, pode ser viável reduzir a latência do CAS (CL), o que resulta em ciclos mais curtos. Valores maiores podem ajudar a resolver problemas de compatibilidade com certos chips de memória. Note que o excesso de ajustes complexos são uma forma de compatibilizar a placa de CPU com o maior número possível de chips de memória. O fabricante da placa de CPU utiliza para todos esses itens, valores que foram testados e indicados como ideais para a maioria dos casos.

Video Memory Cache Mode

As opções são UC (Uncacheable) e USWC (Uncacheable, Speculative Write Combining). USWC é um novo método usado para “cachear” dados da memória de vídeo que pode resultar em aumento de desempenho gráfico. Deixe este item programado em USWC se quiser experimentar este aumento de desempenho, ou deixe em UC (Uncacheable) se tiver problemas no funcionamento do vídeo.

High Priority PCI Mode

Permite estabelecer para um dos slots PCI (normalmente o slot 1, localizado mais à direita) uma maior prioridade sobre os demais. Certas placas de expansão que operam com elevada taxa de transferência são beneficiadas com esta configuração: controladoras SCSI e controladores Firewire (IEEE-1394).

Clk Gen for Empty PCI slot / DIMM

Quando está habilitado, o chipset vai deixar ativados os sinais de clock dos slots PCI e soquetes de memória vazios. Não é necessária a geração deste clock para soquetes e slots vazios, portanto ao desabilitarmos este item, estaremos reduzindo o consumo de energia e a emissão eletromagnética.

Linear Burst

Este item é encontrado em Setups de placas de CPU para Soquete 7. Pode ser habilitado quando a placa tem um processador Cyrix. Esses processadores possuem um modo de transferência de dados da cache L2 mais eficiente, chamado Linear Burst. Deixe portanto este item habilitado para processadroes Cyrix (6x86, 6x86MX, MII) e desativado para processadores Intel e AMD.

ISA Bus Clock

Em geral, podemos programar o clock do barramento ISA, em função do clock do barramento PCI. Para isto, definimos no Setup um número divisor. O clock de barramento ISA deve ser ajustado para um valor próximo a 8 MHz. Como o bar­ramento PCI pode operar com 25, 30 e 33 MHz, usamos os divisores 3 e 4 para obter o clock adequado. Tome como base a tabela abaixo.
Clock PCI
Divisor
Clock ISA
25 MHz
3
8,33 MHz
30 MHz
4
7,50 MHz
33 MHz
4
8,33 MHz
Por exemplo, um Celeron/633 opera com um clock externo de 66 MHz. Logo, seu barramento PCI opera com 33 MHz. Devemos então aplicar o divisor 4 para chegar ao clock ISA de 8,33 MHz.

EDO Autoconfiguration

Este item é encontrado em PCs antigos, que usavam memória EDO. Os chips que fazem o controle da memória, seja ela FPM DRAM, EDO DRAM ou SDRAM, ou até mesmo a SRAM que forma a cache externa, precisam ter configu­rados diversos parâmetros: temporização dos ciclos de leitura e de escrita, tempo decorrido entre os sinais RAS e CAS, tempo decorrido entre os sinais RAS e MA, e diversos outros. A opção EDO Autoconfiguration faz a programação automática de todos esses parâmetros, fazendo com que as memórias EDO DRAM funcionem, talvez não da forma mais rápida, mas de uma forma segura e com velocidade ra­zoável. Quando desabilitamos este item, podemos atuar individualmente nos diver­sos itens que regulam o acesso à memória EDO DRAM, mas este tipo de regula­gem pode causar mau funcionamento, caso seja feito de forma errada. Normal­mente essas regulagens permitem aumentar um pouco o desempenho do PC, mas se o acesso ficar muito rápido, a memória pode não suportar e apresen­tar erros.

SDRAM Autoconfiguration

Assim como ocorre com a EDO DRAM, a SDRAM também precisa ter seus pa­râmetros de acesso regulados no chipset. Deixando o item SDRAM Autoconfigura­tion programado com a opção Enabled, esses parâmetros serão programados com valores seguros, e permitindo um acesso suficientemente veloz. Para “envenenar” o acesso à SDRAM, este item deve ficar em Disabled, e cada um dos parâmetros de acesso devem ser ajustados manualmente. Isto pode resultar em aumento de de­sempenho, mas também pode fazer o PC ficar instável, apresentando tra­vamentos e outros erros.

SDRAM Autosizing Support

Habilita o reconhecimento automático da capacidade dos módulos de memória, de acordo com as informações presentes no chip SPD. Deixe este item habilitado.

Cache Read Cycle

Este parâmetro define a temporização das operações de leitura da memó­ria cache externa pelo processador. É encontrado nos Setups de placas de CPU que possuem cache L2 externa. De todos os itens do Advanced Chipset Setup, este é o que tem mais impacto sobre o desempenho total do PC. A habilidade de transferir dados em alta velocidade da ca­che externa para o processador, garante que a sua cache interna terá sempre instruções prontas para serem execu­tadas, e dados prontos para serem processados. Cada transferência de dados da cache externa para o processador é feita por um grupo de 4 leituras consecu­tivas, cada uma delas fornecendo 64 bits. Em geral, este ciclo de leitura é marcado por 4 números, como 3-2-2-2, 2-2-2-2, 2-1-1-1, etc. Cada um desses números indica quantas unidades de tempo são gastas em cada leitura. A unidade de tempo usada nessas operações é o “período”, notado pelo símbolo “T”. O valor de T é calculado a partir do clock externo do processador:
Clock Externo
T
50 MHz
20 ns
60 MHz
16,6 ns
66 MHz
15 ns
100 MHz
10 ns
De todas as opções apresentadas para este item, a que possui menores números resulta em maior velocidade. Por exemplo, “3-1-1-1” é mais rá­pido que “3-2-2-2”. Entretanto, é preciso verificar se esses números meno­res realmente podem ser usa­dos. Se o tempo destinado às leituras da cache for muito pequeno, o PC pode simplesmente não funcionar, devido a erros de leitura na memória cache. Quando usamos a auto-confi­guração no Advanced Chipset Setup, este item, assim como todos os ou­tros relacionados com o acesso da memória, são programados com valores default eficientes e seguros. O uso de valores mais “apertados” é con­side­rado um “envenenamento”, e pode não funcionar.

Cache Write Wait State

Também é encontrado nos Setups de placas de CPU que possuem cache L2 externa. As opções apresentadas são “0 WS” e “1 WS”. Serve para aplicar uma prorrogação no tempo para operações de escrita na memória cache ex­terna. Digamos que as leituras sejam feitas em modo 3-2-2-2, o que signi­fica, três ciclos para a primeira leitura e dois ciclos para cada uma das ou­tras três leituras consecutivas (lembre-se que os dados da cache são lidos em 4 grupos de 64 bits). As transferências de da­dos do processador para a cache externa podem seguir esses mesmos tem­pos, caso usemos a opção “0 WS”, ou pode utilizar um estado a mais, caso usemos a opção “1 WS”. No caso, o ciclo de escrita na cache obedeceria ao padrão 4-3-3-3. Em geral, podemos usar a opção “0 WS”, fazendo com que as escritas e leituras na cache externa sejam feitas na mesma velocidade.

DRAM Read Cycle

Assim como ocorre com a memória cache, as memórias DRAM também operam com ciclos de 4 leituras ou escritas consecutivas. Este item do Setup define quantos períodos de tempo são usados em cada uma das leituras. Por exemplo, o esquema 7-3-3-3 indica que são usados 7T para ter acesso ao primeiro grupo de 64 bits, e 3T para cada uma das outras três leituras seguintes. Memórias EDO DRAM podem operar com valores menores (por exemplo, 6-2-2-2) que no caso das memórias DRAM comuns, e memórias SDRAM podem usar ciclos ainda mais rápidos, como 3-1-1-1. Em geral, o BIOS detecta automaticamente o tipo de DRAM usada e pro­grama este ciclo de leitura, levando em conta a segurança e a eficiência. Este é um envenenamento que em geral não vale a pena ser feito, já que o desempenho da cache tem um papel muito mais significativo que o desempenho da DRAM.

DRAM Write Wait State

Assim como ocorre nas leituras, as operações de escrita na DRAM também são feitas em seqüências de 4 grupos de 64 bits (apesar de também pode­rem ser feitas escritas individuais). Este item possui duas opções: “0 WS” e “1 WS”. Quando é usado “0 WS”, o ciclo de escrita na DRAM segue a mesma temporização do ciclo de leitura. Quando usamos “1 WS”, as escri­tas terão um tempo adicional de um período.

RAS to CAS Delay

Os endereços de memória são enviados para a DRAM em duas etapas, chamadas de “linha” e “coluna”, que são acompanhados dos sinais RAS e CAS. Este item do Setup serve para definir o tempo entre o RAS e o CAS. Um tempo menor pode fazer com que os dados da DRAM sejam lidos mais rapidamente, mas este envenenamento não vale a pena ser ten­tado. Lem­bramos mais uma vez que a cache tem um papel muito mais significativo que a DRAM no que diz respeito ao desempenho.

DRAM Write CAS Pulse

Depois que o sinal CAS chega à DRAM, este deve permanecer ativo du­rante um certo intervalo de tempo. Quanto menor for este intervalo, mais cedo terminará o ciclo de acesso à memória DRAM, mas por outro lado, isto pode fazer o funcio­namento do PC ficar instável. É recomen­dável deixar este item progra­mado na opção default, que é preenchida na Auto Configuração.

DRAM CAS Precharge Time

Aqui está mais um item que deve ser preferencialmente deixado com sua progra­mação default, caso contrário o funcionamento da memória poderá ficar instável. Quando uma célula de memória é lida, seu conteúdo é apagado, mas é automaticamente re-escrito. O Pre­charge Time é o tempo necessá­rio para fazer esta correção. Usando um tempo menor, o tempo total usado no ciclo de acesso à memória será menor.

DRAM RAS to MA Delay

Os endereços enviados para a memória DRAM são divididos em duas partes, chamadas de linha e coluna. A divisão do endereço completo em duas partes que são enviadas, uma de cada vez, é chamada de multiple­xação. O Sinal MA (Multiplex Address) serve para substituir o endereço de linha pelo endereço de coluna. Este item do Setup serve para indicar, quanto tempo após a ativação do sinal RAS, será feita a multiplexação, ou seja, o envio do endereço de coluna. É recomendável deixar este item no modo default.

SDRAM RAS to CAS Delay

Para uma DRAM funcionar, seja ela FPM DRAM ou EDO DRAM, necessita da ativação seqüenciada de 3 sinais digitais: RAS (Row Address Strobe), MA (Multiplex Address) e CAS (Column Address Strobe). A SDRAM utiliza apenas dois desses sinais: RAS e CAS, já que o seu sinal MA é gerado internamente. Este parâmetro define o intervalo de tempo entre os sinais RAS e CAS. Quanto menor é o intervalo, mais rápido será o funcionamento das memórias, mas também pode ocorrer mau funcionamento. Usar valores default, ou valores médios, representa a opção mais segura. Por exemplo, se forem apresentadas as opções 2 e 3, escolha 3 para que o funcionamento seja seguro. Escolha 2 se você quer aumentar o desem­penho, mas isto deve ser considerado como um teste. Poderá deixar assim se o PC não apresentar problemas de mau funcionamento.

SDRAM RAS Precharge Time

Este parâmetro é mais um envenenamento. As memórias DRAM, seja qual for o tipo, necessitam de um período de pré-carga (Precharge Time) antes de serem acessadas. Se este período não for respeitado, podem ser apagados os bits armaze­nados. Usar valores menores é um envenenamento, ou seja, faz o PC ficar mais rápido, mas pode causar instabilidades no funcionamento.

SDRAM Timing Latency

Pode ser programado com duas opções: Manual e Auto. Ao usarmos a opção ma­nual, podemos ter acesso aos parâmetros que definem a temporização das memórias.

DRAM Speed

Algumas placas de CPU possuem a capacidade de programar automati­camente todos os itens relacionados com a temporização da DRAM, bas­tando que para isto seja fornecida a sua velocidade, ou seja, o seu tempo de acesso. Memórias mais rápidas suportam uma temporização mais “apertada” que memórias mais lentas.
Em PCs que usam memórias SDRAM, este item pode oferecer opções como PC100/PC133, ou 100 MHz / 125 MHz / 133 MHz / 143 MHz / 166 MHz. Pode ainda aparecer com indicações de velocidade em ns (10 ns / 8 ns / 7.5 ns / 7 ns / 6 ns).

DRAM Slow Refresh

Este item provoca um pequeno aumento no desempenho da DRAM. A ope­ração de Refresh consiste em uma seqüência interminável de leituras fei­tas na DRAM. Se essas leituras cessarem, os dados da DRAM são apaga­dos, pois em geral ficam es­táveis por apenas alguns milésimos de se­gundo. Antigamente, as DRAMs precisa­vam ser lidas uma vez a cada 2 ms (milésimos de segundo). As DRAMs atuais po­dem ser lidas em intervalos de tempo maiores, como 16 ms. Essas leituras provocam uma pe­quena perda de desempenho na DRAM, em geral inferior a 5%. Com o comando Slow Refresh, este período pode ser mais longo, o que faz com que a perda de desempenho seja menor. Em geral podemos habilitar este item, pois as DRAMs modernas o suportam.

L2 Cache Policy

A memória cache externa pode operar de dois modos: Write Through e Write Back. No primeiro método, a cache externa acelera apenas as ope­rações de leitura, e no segundo método, acelera também as operações de escrita. O segundo método oferece melhor desempenho que o primeiro, e deve ser preferencialmente utili­zado.

ISA Linear Frame Buffer Address

Este item é necessário na instalação de algumas placas digitalizadoras de vídeo padrão ISA. Se o seu PC não possui placas deste tipo, deixe-o desabilitado. Placas digitalizadoras de vídeo possuem uma área de memória para onde os dados são continuamente transferidos durante o processo de digitaliza­ção. Esta área é chamada de Frame Buffer. O processador precisa ler esses dados digitalizados para que sejam transferidos para o disco durante o processo de digitalização. Mui­tas dessas placas exigem que este buffer fique localizado entre os endereços 15M e 16M. Algumas utilizam um buffer com 1,5 MB, sendo então necessária a sua localização entre os endereços 14M e 16M. Para evitar que esta área de memória, localizada na placa digitalizadora de vídeo, entre em conflito com a DRAM, muitas placas de CPU possuem comandos que desabilitam uma área de memória DRAM. Esses comandos indicam o ende­reço (ISA Linear Frame Buffer Address) e o seu tamanho (ISA Linear Frame Buffer Size). Por exemplo, se uma determinada placa digitalizadora de vídeo possui um Frame Buffer com 1 MB, devemos fazer o seguinte:
a) Programar o endereço do Linear Frame Buffer (LFB) na placa digitali­zadora para 15 M.
b) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Address para 15M.
c) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Size para 1 MB.
Esta programação cria um “buraco” na memória DRAM, por isso é cha­mada em alguns Setups de “Memory Hole”. Em geral, podemos utilizar uma outra área para realizar as leituras do Frame Buffer. Podemos acessá-lo através de uma janela de pequeno tamanho, localizada na memória su­perior. Desta forma, não estaremos criando uma descontinuidade na me­mória DRAM.

ISA LFB Size

Este item é o ISA Linear Frame Buffer Size, que opera em conjunto com o ISA Linear Frame Buffer Address, já explicado acima.

Video Pallete Snoop

Você provavelmente deixará este item desabilitado. Existem algumas pla­cas SVGA especiais que são instaladas em conjunto com outra placa SVGA. Podemos ter uma placa SVGA no barramento ISA e outra no bar­ramento PCI. Uma placa pode estar apresentando a imagem normal, enquanto a outra apresenta, por exemplo, um filme exibido em uma janela. Em certos casos, podem ocorrer problemas devido a incompatibilidades geradas por acessos simultâneos às duas placas. Com esta opção habilitada, o problema pode ser resolvido.

AGP Aperture Size

Indica qual é o espaço da memória DRAM da placa de CPU que pode ser usado por uma placa de vídeo AGP para armazenamento de texturas. São normalmente oferecidas opções como 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB, 128 MB e 256 MB. Usar um valor muito grande significa que os programas gráficos têm permissão para usar mais memória. Valores mais baixos limitam o espaço de memória a ser usada para este fim. Uma boa aproximação é usar aqui, metade do tamanho da memória RAM disponível. Não significa que todo esse espaço será usado para ar­mazenamento de texturas, ele apenas especifica um limite máximo, quando estive­rem em execução programas gráficos tridimensionais. Durante o uso desses pro­gramas, o funcionamento deverá ser normal se você escolher para este parâmetro, a metade do tamanho total da memória. Se ocorrerem problemas de falta de me­mória para o programa, você pode diminuir este parâmetro no CMOS Setup, dei­xando assim menos memória livre para as texturas e mais memória livre para os programas. Se o problema for falta de memória para armazenar texturas, você terá polígonos em branco na execução dos programas gráficos. Aumente então este parâmetro no CMOS Setup. Se nenhum dos dois ajustes funcionar, experimente reduzir a resolução gráfica dos programas tridimensionais em uso.

Latency Timer (PCI Clocks)

Este é um importante parâmetro do barramento PCI. Em geral deve ser deixado na sua opção default. Serve para definir um limite de tempo má­ximo para que uma interface assuma o controle do barramento PCI. Uma vez que uma interface tenha assumido o controle do barramento, ela terá direito a um período limitado de tempo para realizar sua transferência de dados. Ao término deste período, caso a transferência não tenha terminado, será provisoriamente suspensa para dar chance de outras interfaces reali­zarem suas transferências. Cada uma dessas transferências será também limitada pelo Latency Timer. Depois que as outras interfaces termina­rem suas transferências (mesmo que não terminem, serão suspensas para con­tinuar depois), a interface que teve sua transferência paralisada pelo tér­mino do seu perí­odo reservado pelo Latency Timer, poderá prosseguir de onde parou. Este meca­nismo evita que uma interface assuma o controle do barramento PCI por um perí­odo muito longo, prejudicando outras interfaces que precisam realizar suas transfe­rências.
O Latency Timer é programado em número de clocks PCI. Por exemplo em um barramento PCI de 33 MHz, cada período dura 30 ns. Ao programar o Latency Timer com o valor 32, estaremos dando a cada interface, o inter­valo de 960 ns para que realizem suas transferências. Se a transferência não terminar neste tempo, será suspensa enquanto a interface aguarda a sua vez para continuar. Você encontrará nos Setups, opções para progra­mar o Latency Timer com valores como 32, 64, 96, 128, até um máximo de 256. Em geral podemos optar pelas opções mais baixas, como 32 ou 64, que são inclusive os valores default usados pelo Setup.

PCI Burst

O barramento PCI pode operar com transferências em modo Burst. Nas transfe­rências normais, o circuito que requisita a transferência deve forne­cer o endereço a ser acessado, e a seguir fornecer (ou receber) o dado. As transferências em modo Burst, por sua vez, precisam que seja fornecido apenas o endereço inicial, e a se­guir, uma longa seqüência de dados é transmitida, sem que os endereços precisem ser novamente fornecidos. Este sistema é usado, por exemplo, para transferir dados para a memória de vídeo das placas SVGA, ou para transferir dados para a inter­face IDE. Entretanto, certas placas PCI podem não suportar transferências neste modo. Se forem observados problemas, por exemplo, nas imagens exibi­das na tela, devemos desabilitar o item PCI Burst, o que fará com que as transferências sejam realizadas no modo convencional.

System BIOS Cacheable

Este item define se a área de memória ocupada pelo BIOS da placa de CPU deve ser ou não acelerada pela memória cache. Lembre-se que esta ROM é copiada para a DRAM, um mecanismo chamado Shadow RAM. Isto provoca um grande aumento de desempenho no processamento do BIOS. Com o item System BIOS Cacheable, o conteúdo do BIOS da placa de CPU, além de ser acelerado pela có­pia para a DRAM, é ainda acelerado pela memória cache. Isto provocará uma melhora no desempenho do BIOS, o que é refletido, por exemplo, na elevada taxa de transferência ex­terna do disco rígido quando operando em modo MS-DOS (em jogos, por exemplo).

Video BIOS Cacheable

É análogo ao item System BIOS Cacheable, exceto no que diz respeito ao BIOS da placa SVGA. Deve ser sempre habilitado, o que causará melhoria na velocidade de operação deste BIOS. Devemos deixar este item desabili­tado, por exemplo, quando usamos uma placa SVGA antiga, de 16 bits, que não suporta a alta veloci­dade dos processadores modernos.

8 bit I/O Recovery Time

Placas de expansão ISA podem não suportar a alta velocidade de ope­ração dos processadores modernos. Mesmo com os seus ciclos de leitura e escrita sendo feitos na velocidade correta (a 8 MHz, como requer o barramento ISA), essas placas podem necessitar de um pequeno intervalo de tempo antes que estejam prontas para permitir a pró­xima operação de leitura ou escrita. Em geral, as operações de leitura e escrita no barramento ISA demoram 250 ns. Uma determinada placa pode precisar de um tempo de, digamos, cerca de 250 ns até que esteja pronta para a próxima operação. Este tempo é chamado de “Recovery Time”. Os processadores modernos são ca­pazes de realizar transferências de E/S seqüenciais, uma após a outra, sem des­canso. Possuem instruções como “envie todos esses bytes para um determinado endereço de E/S, em seqüência”. Essa instrução é chamada de OUTSB (transmite seqüência de bytes para endereço de E/S), mas existem ainda outras: OUTSW (transmite seqüência de words para E/S), INSB (recebe seqüência de bytes) e INSW (recebe seqüência de words). A placa pode apresentar erros nessas opera­ções, e para que não ocorram, é preciso fazer com que o processador realize pausas auto­maticamente quando estiver executando essas instruções es­peciais de E/S. Para isto, os Setups possuem a opção I/O Recovery Time. Muitos Setups possuem um único comando para este fim, outros possuem dois comandos independentes, um para operações de E/S de 8 bits, e outro para operações de E/S de 16 bits. As opções são dadas em número de clocks. Em geral, podemos usar o valor mínimo, já que re­sulta em maior velocidade de transferência de dados. Se forem observados pro­blemas de mau funcionamento em placas ISA, devemos tentar programar este item com o seu valor máximo. As opções são medidas em número de períodos de clock. Podemos encontrar, por exemplo, valores desde 1 clk até 8 clk.

16 bit I/O Recovery Time

Este item é análogo ao 8 bit I/O Recovery Time, exceto que diz respeito apenas às operações de E/S envolvendo 16 bits. Não diz necessariamente respeito a placas ISA de 16 bits. Mesmo sendo uma placa ISA de 16 bits, quase sempre possuem endereços de E/S que são acessados em grupos de 8 bits.

Turbo Read Pipelining

Aqui o termo “Pipelining” aplica-se a ciclos especiais de aceso à memória, no qual um grupo de 4 acessos é imediatamente seguido por outro. Parece complicado. Veja­mos então outra forma de explicação. Os ciclos de acesso à memória DRAM con­sistem em 4 leituras consecutivas de grupos de 64 bits. Os tempos para essas leituras são medidos em períodos de clock. Di­gamos que a memória esteja operando no esquema 7-2-2-2, ou seja, são 7 períodos para ler o primeiro grupo de 64 bits mais dois ciclos para ler cada um dos três grupos seguintes. Logo depois de fazer uma transferência de 4 grupos de 64 bits, inicia-se em geral a transferência de mais 4 grupos de 64 bits. Este novo ciclo, em condições normais, teria que respeitar a mesma temporização do ciclo anterior, ou seja, 7-2-2-2. Entretanto, as memórias DRAM são capazes de transmitir longas seqüências em FPM (Fast Page Mode), desde que solicitadas. Podem realizar, por exemplo, uma transferência com a tem­porização 7-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2, e para isto basta que o chip controlador do seu acesso solicite este tipo de transferência. Este modo de operação, no qual um ciclo de leitura é “emendado” com o seguinte, é chamado de Pipelined Read. Caso exista esta opção no seu Setup, habilite-a, pois é segura e causa melhoria no de­sempenho da DRAM.

Peer Concurrency

Este item, ao ser habilitado, permite que existam transferências sendo realizadas no barramento PCI, ao mesmo tempo em que existem transferên­cias sendo realizadas entre o processador, a DRAM e a cache externa. Ao ser habilitado, oferece um sensível aumento no desempenho do sistema.

Extended Cacheability

Existe uma limitação nos chipsets antigos para processadores Pentium e similares (Soquete 7) no que diz respeito à área de memória sobre a qual a cache atua. Certos chipsets podem fazer com que a cache L2 atue apenas nos primeiros 64 MB. Qualquer área de memória DRAM que ultrapasse este valor não será acelerada pela cache. Outros chipsets po­dem manter a cache atuando sobre uma área maior, desde que seja indi­cado no Setup, qual é a faixa de DRAM a ser “cacheada”. Este item deve ser programado com o menor valor possível que seja superior à quantidade de memória DRAM instalada.

Low CPU Clock

Todas as placas de CPU antigas podem operar em duas velocidades, uma alta e uma baixa. Nos velhos tempos das placas de CPU que operavam com 16, 20, 25 ou 33 MHz, a velocidade baixa era em geral obtida com um clock de 8 MHz, ou outro valor próximo. Muitas placas de CPU modernas ativam sua baixa velocidade pela desabilitação total da cache interna e da ex­terna. Existem ainda placas que desabi­litam ambas as caches, e ainda di­minuem o valor do seu clock. Pois bem, várias dessas placas permitem que seja escolhido o valor do clock de baixa velocidade, em geral através de uma fração do clock máximo. Por exemplo, em um Pentium-200, pro­gramar o “Low CPU Clock” com um fator 1/20, resultará em um clock de baixa velocidade em torno de 10 MHz. O processador estará operando em alta velocidade até que seja depressionado o botão Turbo, passando então a vigorar este valor baixo de clock programado.

DRAM are xx bits wide

Este parâmetro define o número de bits da memória DRAM. As opções são 64 e 72. Para completar 72 bits, é preciso usar memórias com paridade. Memórias DIMM/168 com paridade fornecem 72 bits, ao invés de 64, e memórias SIMM/72 com paridade fornecem 36 bits cada, ao invés de 32. Esses bits adicionais podem ser usados para implementar uma técnica chamada ECC (Error Correction Code). Desta forma, eventuais erros na memória podem ser detectados, e em alguns casos, até corrigidos. Para isto não basta que a memória opere com 72 bits, mas também que o chipset seja capaz de usar o ECC.

Data integrity Mode

Este item indica como os 8 bits adicionais (dos 72, são 64 para dados e 8 para che­cagem) serão usados. Com a opção Disabled, esses bits serão ignorados. Com a opção ECC, será feita a detecção e correção dos erros, através de técnicas especiais de hardware. Com a opção EC (às vezes chamada de Parity), será apenas feita uma checagem de erro usando uma técnica chamada paridade. Esta técnica não permite corrigir erros, apenas detectar, sendo menos eficiente que o ECC. Se você utiliza memórias de 72 bits, é melhor usar a opção ECC.

Legacy USB Support

Deixe este item desabilitado. É habilitado apenas para permitir o uso de dispositi­vos USB antigos. Como você provavelmente vai utilizar dispositivos USB de fabricação recente (os antigos são bastante raros), não será necessário ativar o suporte a dispositivos USB antigos. 

PCI / PnP Setup

As placas de CPU modernas possuem todos os recursos do padrão Plug and Play (PnP). Entretanto, nem sempre são utilizadas em sistemas 100% PnP. Podem ser usados sistemas ope­racionais que não são PnP (MS-DOS, Windows 3.x, OS/2), e também podem ope­rar em conjunto com placas de expansão ISA que não são PnP. Seja qual for o caso, certos ajustes preci­sam ser feitos manualmente, e para isto essas placas pos­suem uma parte do seu Setup dedicado à definição de itens relacionados com as placas PCI (são todas elas PnP) e placas ISA, sejam elas PnP ou não.

Boot with PnP OS / PnP Aware OS

O BIOS PnP pode operar de duas formas diferentes: Gerenciar sozinho a configu­ração automática de dispositivos PnP, ou dividir esta tarefa com o Sistema Opera­cional, desde que este sistema também seja PnP. Este item (Boot with PnP Opera­ting System) deve ser habilitado caso esteja em uso um sistema operacional PnP, como o Windows 95 /98/ME ou Windows 2000.

PCI Slot 1 / 2 / 3 / 4 IRQ Priority

As placas de CPU com barramento PCI têm condições de associar de forma auto­mática, uma interrupção para cada um dos seus 4 slots PCI. Essas inter­rupções são chamadas de INTA, INTB, INTC e INTD. O usuário pode programar este item com a opção Auto, e deixar que o BIOS escolha as interrupções a serem utilizadas. Muitos Setups nem mesmo permitem que o usuário interfira sobre esta escolha. Por outro lado, exis­tem Setups que permitem que o usuário forneça certas informações, que devem ser obrigatoriamente utilizadas pelo BIOS. Podemos, por exemplo, interferir diretamente na escolha e no uso das interrupções. Se nosso PC for 100% PnP, a melhor coisa a fazer é deixar todos os itens rela­ciona­dos com o PnP na opção Auto. Caso estejamos instalando algumas placas de ex­pansão que não sejam PnP, teremos que fazer certas configu­rações de forma ma­nual, como por exemplo, o uso das interrupções. Nesse caso, é importante que o Setup ofereça recursos para o selecionamento manual de diversos dos seus itens, como é o caso daquele que define o uso das inter­rupções.
Este item deve ser preferencialmente programado na opção Auto, a menos que desejemos, em conseqüência da instalação de placas não PnP, direci­onar manual­mente uma interrupção específica para um slot PCI.

IRQ 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 9 / 10 / 11 / 12 / 14 / 15

Esses itens são necessários para possibilitar a instalação de placas ISA que não se­jam PnP. Placas ISA PnP (Ex: Sound Blaster 16 PnP) não ne­cessitam que o usuário defina linhas de interrupção (IRQ) e canais de DMA. Esta definição é feita automa­ticamente pelo BIOS e pelo sistema operacional que seja PnP. Entretanto, podemos precisar instalar placas ISA não PnP. Neste caso, precisamos indicar no CMOS Setup quais são as interrupções e canais de DMA ocupados por essas placas, caso contrário, o BIOS provavelmente não detectará que esses recursos estão ocupados, e os destinará a outras placas. O resultado será um conflito de hardware. Esta série de itens servem para indicar se cada uma dessas interrupções está sendo usada por uma placa ISA não PnP, ou se está livre para ser usada por algum dispositivo PnP. Digamos por exemplo que estejamos utilizando uma placa de som ISA, não PnP, configurada com IRQ5, e uma placa de rede, ISA, não PnP, configurada com IRQ10. A pro­gramação desses itens deve ser portanto feita da seguinte forma:
IRQ5:               ISA
IRQ10:             ISA
Demais IRQs:     PCI / PnP

DMA Channel 0 / 1 / 3 / 5 / 6 / 7

Assim como determinadas interrupções podem estar ocupadas por placas ISA não PnP, o mesmo pode ocorrer com canais de DMA. Muitos Setups possuem itens para a indicação de cada um dos canais de DMA, infor­mando ao BIOS se estão em uso por alguma placa ISA não PnP, ou se estão livres para serem usados por dispositivos PnP. Digamos por exemplo que estejamos utilizando uma placa de som não PnP, ocupando os canais DMA1 e DMA5 (o caso típico da Sound Blaster 16 não PnP). Devemos então programar esses itens da seguinte forma:
DMA1:            ISA
DMA5:            ISA
Demais canais: PCI / PnP

Reserved Memory Size

É utilizado quando o PC possui placas de expansão ISA não PnP, dotadas de memórias ROM (não incluindo as placas SVGA). Um típico exemplo é o das placas controladoras SCSI e placas de rede com boot remoto (ambas em versões não PnP). Para instalar essas placas em um PC PnP, é preciso indicar no Setup qual é a faixa de endere­ços reservada para as suas ROMs. Os endereços das ROMs dessas placas devem ser selecionados manualmente, atra­vés de jumpers. No CMOS Setup, devemos indicar, tanto o endereço como o ta­manho reservado para essas ROMs. Em geral temos para o tamanho (Reserved Memory Size), as opções Disabled, 16 kB, 32 kB e 64 kB. Como a grande maioria das placas de expansão não utilizam ROMs, podemos deixar este item na opção Disabled.

Reserved Memory Address

Aqui é indicado o endereço inicial reservado para as ROMs de pla­cas de expansão ISA não PnP, como explicado acima. Em geral são apre­sentadas opções como C000, C400, C800, CC00, D000, D400, D800 e DC00. Seu valor default é C800, o endereço da área localizada logo após a ROM da placa SVGA.

Assign IRQ to PCI VGA Card

Este item faz com que a placa de vídeo tenha a ela destinada uma IRQ. Como norma geral, devemos deixá-lo habilitado, ou seja, deixar a placa de vídeo utilizar uma IRQ. Caso precisemos futuramente realizar a instalação de uma nova placa de interface e não existirem IRQs livres, podemos tentar fazer a placa de vídeo operar sem usar IRQ (algumas placas o permitem), deixando assim uma interrupção livre para a nova instalação.

Peripheral Configuration

Esta parte do Setup define vários parâmetros de funcionamento das inter­faces exis­tentes na placa de CPU: Seriais, paralela, interfaces IDE e inter­face para drives de disquetes. Muitos desses itens podem ser programados com a opção Auto, dei­xando por conta do BIOS a programação. Para usuários mais avançados, a possibi­lidade de usar valores default diferentes pode ser uma característica muito opor­tuna, para possibilitar certos tipos de expansão.

AGP 1x / 2x / 4x / 8x Mode

As primeiras placas de CPU equipadas com slots AGP podiam operar apenas no modo 1x, com  taxa de transferência de 266 MB/s. Posteriormente surgiram placas AGP 2x, 4x e 8x. Quando uma placa AGP é instalada no seu slot, é utilizado automaticamente o modo mais veloz permitido simultaneamente pela placa 3D e pela placa de CPU. Podemos entretanto usar este item para reduzir a velocidade máxima suportada pelo slot AGP da placa de CPU. Por exemplo, slots capazes de operar em até 4x podem ter a velocidade reduzida para 2x ou 1x. Este ajuste pode ser necessário para resolver problemas de compatibilidade com certas placas AGP.

AGP Read/Write WS

Este item, ao ser ativado, faz com que a placa AGP adicione um estado de espera (Wait State) ao acessar dados da memória DRAM. Pode ser necessária a sua ativação em casos de problemas no funcionamento de modos 3D.

Onboard AC97 Modem Controller
Onboard AC97 Audio Controller

Muitas placas de CPU modernas, mesmo as de alto desempenho, possuem circuitos de áudio embutidos. Algumas possuem também circuitos de modem. Podemos através do Setup, habilitar essas interfaces para que possamos usá-las, ou então desabilitá-las para permitir a instalação de placas de expansão correspondentes.

Game Port Function

Na maioria das placas de CPU com áudio onboard, encontramos também uma interface para joystick. Este comando permite habilitar e desabilitar esta interface.

Sound Blaster Emulation

A compatibilidade com placas Sound Blaster é um requisito importante para sonorizar programas que operam no modo MS-DOS. Várias placas de CPU com áudio onboard podem operar neste modo de compatibilidade. Neste caso devemos habilitar a “emulação de Sound Blaster”.

Sound Blaster I/O Address, IRQ e DMA

A seção “Sound Blaster” é um dispositivo de legado, ou seja, não opera em modo Plug and Play. Por isso precisa que seus recursos de hardware sejam configurados manualmente. A configuração padrão para esses recursos é:
  • Endereço 220
  • IRQ 5
  • DMA 1 (8 bits) e 5 (16 bits)
Alguns programas antigos para MS-DOS só funcionam com a configuração padrão, portanto ela é a mais recomendável.

MPU 401 / MPU 401 Base Address

A MPU 401 é uma UART (interface serial) existente nas placas Sound Blaster. Todas as placas de som possuem um circuito semelhante. Nas placas de CPU com som onboard, compatível com a Sound Blaster, podemos habilitar ou desabilitar este circuito, bem como escolher o seu endereço. Ele deve ser desabilitado se quisermos instalar uma placa de som avulsa. Se usarmos o som onboard, deixamos a MPU 401 habilitada. O seu endereço padrão é 300.

FM Enable

Este é mais um recurso das placas Sound Blaster. Trata-se do sintetizador MIDI, usado para gerar os sons dos instrumentos musicais. Para total compatibilidade com as placas Sound Blaster, este item deve ficar habilitado. O endereço da interface é 388.

Onboard Video

São bastante comuns atualmente as placas de CPU com vídeo onboard. A maioria dessas placas de CPU permite a instalação de uma placa de vídeo avulsa, PCI ou AGP. Podemos então desabilitar totalmente os circuitos de vídeo onboard. A seqüência de operações a serem feitas é a seguinte:
1) Ainda com o vídeo onboard, desabilitamos este item no CMOS Setup.
2) Usamos o comando Salvar e Sair.
3) Depois de alguns segundos, desligamos o PC.
4) Instalamos a nova placa de vídeo e nela ligamos o monitor.
5) Ligamos o PC e a nova placa de vídeo estará ativa.

Video Sequence (PCI/AGP)

Muitas placas de CPU com vídeo onboard não permitem que este vídeo seja desabilitado, apesar de ser possível a instalação de uma placa de vídeo avulsa. Ambos os circuitos de vídeo ficarão ativos, mas temos que definir qual deles é o primário, ou seja, o que é usado como padrão. Muitas dessas placas não possuem slot AGP. O vídeo onboard é internamente ligado ao barramento AGP através do chipset, e apenas placas PCI podem ser instaladas. Neste caso, AGP é sinônimo de onboard, e PCI é sinônimo de placa avulsa. Usamos a seqüência PCI/AGP para usar como padrão, a placa de vídeo avulsa. Note que esta combinação PCI/AGP não é geral. Existem placas de CPU com vídeo onboard e ainda equipadas com slot AGP. Nesses casos, este item do Setup aparece com outros nomes, como “Onboard / AGP”.

On Board IDE Ports

As placas de CPU modernas possuem duas interfaces IDE, sendo uma pri­mária e outra secundária. Assim como várias outras interfaces existentes nessas placas de CPU, as interfaces IDE podem ser habilitadas ou desabili­tadas. Por exemplo, se não estivermos usando a interface secundária, po­demos desabilitá-la, evitando as­sim que uma interrupção (em geral a IRQ15) seja ocupada desnecessariamente. Da mesma forma, podemos utilizar interfaces IDE existentes em placas de expansão, e neste caso, devemos desabilitar as interfaces IDE da placa de CPU. Este item em geral possui opções como:
  • None
  • Primary Only
  • Secondary Only
  • Both (ambas ficam ativas)

IDE 0 Master Mode

Como sabemos, os dispositivos IDE podem realizar transferências de da­dos em vários modos, desde o PIO Mode 0 (o mais lento) até o PIO Mode 4 ou Ultra DMA 33/66/100 (os mais rápidos). Certos chipsets permitem que uma interface opere em um modo, enquanto a outra interface opera em outro modo. Por exemplo, pode­mos ter a interface primária operando em PIO Mode 4, e a secundária ope­rando em PIO Mode 0. Ao ligarmos em uma mesma interface, dois dispositivos IDE, sendo um capaz de operar em Mode 4, e outro mais antigo, capaz de operar apenas em Mode 0, podem ocorrer problemas de mau funcionamento (isto ocorre com o chipset i430FX, mas nos chipsets mais modernos, a mistura é permitida). O BIOS fará en­tão a redução automática de velocidade desta interface para o Mode 0, o que pre­judica o desempenho dos dispositivos mais velozes. Uma solução para este pro­blema é usar os dispositivos rápidos em uma interface (Ex: discos rígidos) e os dis­positivos mais lentos (Ex: Drives de CD-ROM que são IDE mas não Enhanced IDE) na interface se­cundária.
Os chipsets mais modernos são capazes de utilizar, mesmo dentro de uma mesma interface IDE, dispositivos operando em diferentes velocidades. Quando o chipset possui esta capacidade, existem itens que definem a ve­locidade de operação dos dispositivos Master e Slave de cada uma das interfaces IDE, de forma indepen­dente.

IDE 0 Slave Mode
IDE 1 Master Mode
IDE 1 Slave Mode

Estes três itens têm a mesma explicação do item anterior. Servem para definir individualmente a taxa de transferência de cada um dos possíveis disposi­tivos IDE.

Multi-sector transfers / IDE HDD Block Mode

Habilita as transferências de dados em “Block Mode”, ou seja, são transfe­ridos múl­tiplos setores, ao invés de apenas um de cada vez. Isto resulta em aumento no desempenho do disco rígido.

On Board FDC

Habilita ou desabilita a interface para drives de disquetes existente na placa de CPU. Devemos desabilitar esta interface caso desejemos utilizar uma interface para drives existente em uma placa de expansão.

On Board Serial Port 1/2

Na verdade são dois itens, um para a primeira e outro para a segunda porta serial existente na placa de CPU. Esses itens servem para habilitar ou desabilitar cada uma dessas interfaces. Em certos casos especiais, po­demos querer desabilitar uma delas. Por exemplo, quando um PC possui muitas placas de expansão e todas as interrupções de hardware já estão ocupadas, será preciso desabilitiar a segunda porta serial para per­mitir a instalação de uma placa fax/modem.

On Board Parallel Port

Este item habilita ou desabilita a interface paralela existente na placa de CPU. Em geral podemos deixar esta interface habilitada, mas em certos casos especiais, quando temos muitas placas de expansão instaladas e todas as interrupções de hardware estão ocupadas, desabilitar a porta para­lela (caso o PC não possua im­pressora) pode ser a melhor forma de con­seguir uma interrupção livre.

On Board Printer Mode

As interfaces paralelas existentes nas placas de CPU modernas po­dem operar em três modos: Normal, EPP e ECP. Através deste item, escolhemos o modo desejado. O modo ECP é o mais indicado para as impressoras modernas, desde que elas estejam ligadas ao PC através de um cabo apropriado. Este cabo possui a indicação “IEEE 1284” no seu conector ou ao longo do fio. Quando usamos um cabo comum, devemos programar a porta paralela para o modo Normal ou Compatible, caso contrário poderão ocorrer problemas no funcionamento da impressora.

Parallel Port Address

As portas paralelas podem ocupar três endereços de E/S diferentes: 378, 278 e 3BC. Graças a este endereçamento, um PC pode ter até três portas paralelas, chamadas respectivamente de LPT1, LPT2 e LPT3. Desde que a interface paralela da placa de CPU seja a única existente no PC, qualquer um dos três endereços pode ser escolhido. Caso façamos a insta­lação de uma placa de expansão que já possua uma interface paralela, precisamos descobrir o seu endereço (em geral sele­cionado através de jumpers), e configurar a interface paralela da placa de CPU com um ende­reço diferente. Podemos entretanto fazer o contrário, ou seja, deixar inalterado o endereço da porta paralela da placa de CPU, e alterar o endereço da porta paralela na placa de expansão.

Serial Port 1/2 IRQ

Com esses dois itens, selecionamos as interrupções usadas pelas duas interfaces seriais. O padrão é COM1/IRQ4 e COM2/IRQ3, mas podemos utilizar outras inter­rupções.

Parallel Port IRQ

A porta paralela pode utilizar a IRQ7, caso esteja configurada com o ende­reço 378, ou a IRQ5, caso esteja configurada com o endereço 278. Entre­tanto, outras inter­rupções podem ser usadas.

Parallel Port DMA Channel

Quando a porta paralela opera em modo ECP, devemos indicar um canal de DMA para a realização de suas transferências. É usado um canal de 8 bits. Como o canal 2 está sempre ocupado pela interface de drives, as op­ções são DMA0, DMA1 e DMA3. Em geral, podemos usar qualquer uma delas. Caso você possua alguma placa de interface que opere com DMA, você deve evitar o canal correspondente. Por exemplo, as placas de som utilizam em geral o canal DMA1, e portanto você deve evitar o seu uso, optando pelos canais 0 ou 3.

UART 2 use Infrared

Placas de CPU atuais permitem que a COM2 possa ser usada para a conexão de dispositivos que fazem transmissão por raios infravermelhos. Uma pequena placa é encaixada em um conector da placa de CPU, relativo à COM2. Esta placa é ligada a um fio, na extremidade do qual existe um transmissor e um receptor infraverme­lhos. Desta forma, um mouse sem fio pode transmitir dados para o PC. Outros dispositivos podem fazer transmissão e recepção. Se não quisermos pro­gramar a COM2 para operar com dispositivos infravermelhos, deixamos este item na opção Disabled.

Primary Master DMA Mode

Aqui é indicado se o disco rígido IDE irá operar em modo DMA. Os discos IDE de fabricação mais recente podem trabalhar no modo Ultra DMA 33/66/100, que resultam na taxa de transferência de 33 MB/s, 66 MB/s e 100 MB/s, respectivamente. Esses discos rígidos são anunciados no comér­cio como Ultra DMA, Ultra ATA ou Ultra IDE. Modelos um pouco mais antigos, que tipicamente operam em PIO Mode 4 (16,6 MB/s) podem ser progra­mados para operar no modo Multiword DMA type 2.
Discos rígidos mais novos podem operar em modos Ultra DMA. Os modos Ultra DMA mais comuns são o 2, 4 e 5 (33 MB/s, 66 MB/s e 100 MB/s), mas existem ainda os modos 0, 1 e 3, menos usados (16,6 MB/s, 25 MB/s e 44 MB/s). Este item do Setup permite escolher o modo DMA máximo que a interface IDE irá utilizar.

Primary Slave DMA Mode
Secondary Master DMA Mode
Secondary Slave DMA Mode

Tem o mesmo significado que o Primary Master DMA Mode, exceto que aplicam-se aos demais dispositivos IDE presentes.

Security

Em geral, esta parte do Setup possui apenas dois comandos, sendo um para cadas­tramento de senha, e outro relacionado com detecção de vírus.

Password

Tome muito cuidado para não cadastrar uma senha e depois esquecê-la. Você po­derá ficar impossibilitado de usar o Setup, ou então de executar um boot e usar o Setup, dependendo de como está progra­mado o item Password Checking Option, no Advanced CMOS Setup. Se você pretende usar uma senha, anote-a em um local seguro. Quando o usuário esquece a senha, é preciso apagar os dados do chip CMOS. Isto faz com que a senha seja desligada, mas será preciso reprogramar todo o Setup novamente. O manual da placa de CPU sempre traz instruções so­bre como realizar esta operação.
Quando usamos o comando Password, o Setup nos pede que seja digitada uma senha, apresentando a mensagem Enter New Password. Depois de digitada, é apre­sentada a mensagem Re-Enter New Password. É preciso digitá-la novamente, para confirmação. Caso já tenha sido anterior­mente cadastrada uma senha, o Setup pedirá antes que seja digitada a senha atual, apresentando a mensagem Enter Current Password. Sem saber a senha antiga, não é possível cadastrar uma senha nova. Se quisermos desabilitar a senha, basta responder ENTER à pergunta Enter New Password.
Depois que a senha estiver cadastrada, a checagem será feita de acordo com o item Password Checking Option, definido no Advanced CMOS Setup. Programe este item da seguinte forma:
Setup, se você quer que seja pedida a senha apenas para uso do CMOS Setup. Desta forma, qualquer um poderá usar o PC, mas apenas mediante o fornecimento da senha será possível utilizar o Setup.
Always. A senha será sempre requisitada, tanto para executar um boot, como para acessar o Setup.

Anti Virus

Quase todos os BIOS são capazes de detectar possíveis contaminações por vírus de PC, através do monitoramento das operações de es­crita no setor de boot e na tabela de partições do disco rígido. Essas áreas são monitoradas porque a maio­ria dos vírus se instalam nelas. Quando deixamos esta opção habilitada, qualquer operação de gravação em uma dessas áreas é imediatamente seguida de uma men­sagem aler­tando o usuário sobre uma possível contaminação, e perguntando se a operação deve ou não ser realizada. Em geral, o usuário pode escolher três cami­nhos: Permitir a gravação, não permitir a gravação ou executar um boot. A grava­ção deve ser permitida apenas quando estão em uso progra­mas que realmente gra­vam nessas áreas, como por exemplo, o FDISK e o FORMAT, usados no processo de inicialização do disco rígido. Também durante a instalação de sistemas operaci­onais ocorrem essas gravações, que devem ser permitidas. Por outro lado, se a mensagem alerta sobre vírus ocorre durante o uso de programas comuns, a melhor coisa a fazer é executar um boot e tomar providências para detectar e eliminar eventuais vírus existentes no PC.

IDE Setup

Esta parte do Setup contém itens relacionados com as interfaces IDE e com os dis­cos rígidos. Alguns desses itens podem ser encontrados em outras partes do Setup, como no Advanced CMOS Setup e no Peripheral Configuration Setup.

Auto Detect Hard Disk

Este comando realiza a detecção automática de todos os discos rígidos instalados, seja na interface IDE primária, seja na secundária. Sempre se­rão detectados os pa­râmetros relacionados com a geometria lógica do disco, como o número de cilin­dros, cabeças e setores. Em geral, outros parâmetros como LBA, Block Mode, PIO Mode e 32 bit transfers poderão ser também detectados. Entretanto, nada impede que esses itens sejam detectados e programados por comandos independentes do IDE Setup. Certos Setups possuem um único comando que faz a detecção de todos os discos IDE instalados. Outros possuem comandos independentes para a detec­ção dos 4 dispositivos possíveis: Primary Master, Primary Slave, Secondary Master e Secondary Slave.

LBA Mode

Em geral este recurso é aplicado de forma independente para cada um dos 4 possí­veis discos IDE. Serve para ativar o Logical Block Addressing, a função que per­mite o endereçamento de discos com mais de 504 MB. Como os PCs modernos sempre utilizarão discos com capacidades acima deste valor, o LBA deve permane­cer sempre habilitado. Deixe este item desabilitado apenas se for instalar discos rígidos muito antigos, com menos de 504 MB.

IDE Block Mode

Este recurso ativa transferências de dados em bloco. Ao invés do disco transferir um setor de cada vez, transfere uma seqüência de vários setores. Con­tribui para aumentar a taxa de transferência externa do disco rígido.

IDE PIO Mode

Permite o selecionamento da taxa de transferência do disco. O mais lento é o PIO Mode 0, usado nos discos rígidos antigos. O mais veloz é o PIO Mode 4, que chega a 16,6 MB/s. Todos os atuais discos IDE, chamados de EIDE ou Fast ATA-2, podem suportar o PIO Mode 4. No caso do usuário desejar apro­veitar um disco rígido um pouco mais antigo (aqueles velhos modelos abaixo de 500 MB), provavelmente não poderá usar o PIO Mode 4, mas poderá tentar usar modos mais velozes que o PIO Mode 0, como os modos 1, 2 e 3. Note que os discos rígidos mais novos não utilizam mais os modos PIO. Operam em modos DMA (ATA-33, ATA-66 e ATA-100).

IDE 32 bit Transfers

Este comando faz com que as interfaces IDE passem a receber e transmitir dados para o processador em grupos de 32 bits, ao invés de apenas 16. Podemos desta forma conseguir um pequeno aumento na taxa de transferência externa.

Power Management

Os PCs modernos possuem um recurso que até pouco tempo atrás só es­tava dispo­nível em PCes portáteis: o gerenciamento de energia. Consiste em uma monitoração do uso do PC, e ao detectar inati­vidade durante um período preestabelecido, colocar o PC e seus dispositivos em estados de baixo consumo de energia. É um procedimento muito similar ao usado nos “Screen Savers” (economizadores de tela). A diferença é que, ao invés de simplesmente prolongar a vida do monitor, o objetivo principal é a economia de energia. Existem ainda funções para ligamento automático do PC, desde que ocorram de­terminados eventos.
Nos PCs portáteis, o gerenciamento de energia tem como princi­pal obje­tivo, prolongar a autonomia da bateria. Nos PCs comuns (chamados de “Desktops”), a economia de energia também é importante. O resultado é imedia­tamente refletido na conta de energia elétrica. Pode pa­recer pouco para quem pos­sui apenas um PC, mas é muito para empresas que possuem centenas, e até milhares de PCs.
O monitoramento das atividades não é feito apenas no teclado do mouse, como ocorre com os protetores de tela. Os chipsets usados nas placas de CPU são capazes de monitorar por hardware, linhas de interrupção e canais de DMA, dando ao usuário maior flexibilidade nos cri­térios para o ativamento de modos de baixo con­sumo.

Modo Standby

Neste modo, ocorre uma boa redução no consumo de energia. Menos tempo será preciso para que o equipamento volte ao estado “ligado”. Um monitor, por exem­plo, ao ser colocado em estado “standby”, inibe o ampli­ficador de vídeo, fazendo com que a tela fique escura, mas mantém em funcionamento a maioria dos seus circuitos internos. Com o simples toque em uma tecla, ou o movimento do mouse, ou qualquer atividade, o monitor volta ao seu estado normal, em pou­cos segundos.

Power Management

Este é o comando que ativa as funções de gerenciamento de energia. Suas opções são Enabled e Disabled. Quando desabilitado, o PC não estará usando os recursos de gerenciamento, e todos os itens seguintes do Power Management Setup ficarão inativos e inacessíveis. Ao habilitar este item, teremos acesso aos itens se­guintes.

Remote Power On

O Windows permite que o PC seja ligado, desde que esteja em modo Standby ou Suspend, caso ocorra uma chamada a partir de um modem externo. Esta opção serve para permitir que essas chamadas “acordem” o PC para que faça o atendi­mento. O PC pode por exemplo, ser ligado automaticamente para rece­ber um fax, e depois de algum tempo voltar a “dormir”.

RTC Alarm Resume from Soft OFF

Este item é usado para programar uma data e hora para que o PC seja ligado automaticamente.

ACPI Aware OS

Aqui deve ser indicado se o sistema operacional possui suporte para ACPI (Advanced Configuration and Power Interface). É o caso do Windows 98 e superiores, mas não do Windows 95. Este recurso é necessário para que o PC possa realizar um Instant On, ou seja, voltar ao funcionamento imediatamente a partir de um estado de hibernação ou Standby, sem a necessidade de realizar um novo boot.

Power Button Funcion

Indica como o botão Power do gabinete irá operar. Pode desligar o PC, ou então colocá-lo em standby. Note que esta programação também pode ser feita através de uma configuração apropriada do Windows.

Power Supply Type

Algumas placas de CPU podem funcionar tanto em fontes/gabinetes AT como no padrão ATX. Possuem inclusive dimensões compatíveis simultaneamente com am­bos os padrões, e possuem dois conectores de alimentação independentes, um para cada tipo de fonte. Caso seja conectado a uma fonte padrão AT, várias das funções avançadas de gerenciamento de energia ficarão indisponíveis, como por exemplo, o modo standby. O PC só poderá ficar totalmente ligado ou totalmente desligado. Este item do CMOS Setup serve para indicar qual é o tipo de fonte na qual a placa de CPU está ligada, e a partir daí o BIOS ativará ou não as funções de economia de energia.

LAN Wake-Up

Este comando faz com que o PC possa “acordar” do estado suspended quando ocorrer chegada de dados através de uma rede local.

Fan Monitor xxx RPM

Certas placas de CPU possuem sensores que monitoram a velocidade de rotação de ventiladores do processador e do gabinete, temperatura do processador e outros parâmetros críticos. Este item serve para que possamos, através do CMOS Setup, checar como estão esses parâmetros. Não precisamos entretanto monitorá-los através do CMOS Setup. As placas de CPU que possuem funções de monitoramento são acompanhadas de um software chamado DMI (Desktop Management Interface), que roda sob o Windows, e avisa o usuário em caso de aquecimento do processador, falha nos ventiladores, etc. Este item é apenas uma forma adicional de fazer essa checagem sem precisar carregar o sis­tema operacional. Quando alguns dos itens monitorados estão fora da faixa normal no instante do boot, é apresentada uma mensagem de erro. O usuário deve pressi­onar F1 e entrar no Power Management Setup para checar qual é o problema.
A maioria das placas de CPU modernas podem controlar três ventiladores:
CPU Fan – o cooler ligado ao processador
Chassis Fan – ventilador opcional, instalado na parte frontal do gabinete
Power Supply Fan – ventilador opcional, na parte traseira do gabinete
Nesse caso o CMOS Setup permite monitorar as rotações desses três ventiladores. Através de um software DMI, que é executado em segundo plano, o usuário pode ser alertado em caso de falha em um desses ventiladores.

Thermal Monitor xxxC/xxxF ou CPU Current Temperature

Este item serve para checar, através do CMOS Setup, como está a temperatura interna do processador, sem que para isto seja preciso car­regar o software DMI no ambiente Windows (veja o item Fan Monitor xxx RPM acima).

Motherboard temperature monitor

As placas de CPU modernas podem informar não apenas a temperatura do processador, mas também a temperatura interna do gabinete. Ao manter a temperatura interna do gabinete baixa, estamos contribuindo para reduzir a temperatura do processador. O ideal é permitir que esta temperatura esteja no máximo entre 40 e 45 graus. Se a temperatura aumentar devemos tomar providências para melhorar a refrigeração. Usar ar condicionado, organizar os cabos flat no interior do gabinete para não bloquear o fluxo de ar, instalar um cooler adicional na parte frontal do gabinete são algumas providências que ajudam bastante.

Voltage Monitor

Este item serve para checar, através do CMOS Setup, os valores que constam nas saídas dos reguladores de voltagem da placa de CPU. São mostradas as tensões nominais (ou seja, o que deveria estar marcando) e os valores medidos pelo Setup. Tolerâncias pequenas são permitidas, como 5% para mais ou para menos. Valores fora da faixa de tolerância são informados automaticamente quando o PC é ligado.

CPU Overheat Warning Temperature

Informa a temperatura a partir da qual deve ser considerado excessivo o aquecimento do pro­cessador. O valor poderá ser de 55, 60, 65, 70 graus, dependendo do processador. Utilize o valor default programado pelo Setup.

CPU Overheat Clock Down

Quando a temperatura do processador é elevada acima do limite programado no item CPU Overheat Warning Temperature, o seu clock é automaticamente redu­zido, o que provocará uma redução na temperatura, fazendo com que volte a um limite seguro. Normalmente são oferecidas opções que são porcentagem do clock máximo, como 25%, 50% e 75%. Se o seu PC se tornar inexplicavelmente lento depois de alguns minutos de uso, o problema pode ser aquecimento do processador, seguido de redução automática do clock.

IDE Drive Power Down

Indica se o disco rígido deve ou não entrar em baixo consumo de energia, junto com o resto do sistema. Quando ativamos este item, o disco rígido terá desligado o seu motor principal, ou seja, cessa a sua rotação. Na volta das atividades, será pre­ciso aguardar alguns segundos até que o motor seja ligado e atinja sua velocidade normal.

Monitor Power Down

Ao ser habilitado este item, o monitor será colocado em estado de baixo consumo após detectado um período de inatividade no sistema. A economia de energia ob­tida será grande, pois um monitor em geral consome cerca de 100 watts.

Suspend-to-RAM (STR) Capability

Este estado de economia de energia pode ser usado, desde que todo o hardware seja totalmente compatível, bem como os seus drivers. Neste modo, praticamente todo o PC é desligado, exceto a memória DRAM. Ao movimentarmos o mouse ou usarmos o teclado, o PC voltará a ficar 100% ligado, depois de cerca de 5 segundos. Pode ser necessário instalar drivers mais recentes para as placas do computador (CPU, som, vídeo, etc) para que este recurso funcione.

Inactivity Timer

Neste item podemos programar o tempo de inatividade necessário para que o PC entre em estado de baixo consumo de energia. Em al­guns Setups, existe um único contador de tempo. Em outros, existem con­tadores independentes para que seja ativado o Standby Mode, e o Suspend Mode. Por exemplo, podemos programar um PC para que entre em Standby após, digamos, 10 minutos de inatividade, e para que entre em Suspend depois de ficar, digamos 20 minutos em Standby.

Monitor IRQ

Não se trata de um item, e sim, vários itens, um para cada interrupção. Através dele indicamos quais interrupções devem ser monitoradas para, após inatividade em todas elas, o sistema entrar em estado de baixo con­sumo de energia. Também serve para indicar quais dispositivos podem levar o sistema à atividade normal. Digamos que queremos que o PC volte ao normal para, por exemplo, fazer a recepção de um fax. Será preciso saber qual é a interrupção usada pela placa fax/modem, e habilitar o seu monitoramento no Setup. Em caso de dúvida, habilitamos o monito­ramento de todas as interrupções.

Monitor DMA

Serve para monitorar atividades nos canais de DMA. São na verdade vá­rios itens independentes, um para cada canal de DMA. Quando habilitamos esses itens, esses canais de DMA serão incluídos na lista de dispositivos que são monitorados para a detecção de um estado de atividade ou de inatividade. Em caso de dúvida, pode­mos deixar todos esses itens habilita­dos.

Monitor LPT / COM / Floppy

Alguns Setups oferecem ao usuário a opção de monitorar seus dispositivos, sem que seja preciso indicar quais são as interrupções correspondentes. Nesse caso, apresentam uma lista com os diversos dispositivos, na qual podemos incluir os dese­jados.

Power Up Control

Esta parte do CMOS Setup está presente nas placas de CPU mais modernas que seguem o padrão ATX. Uma fonte de alimentação ATX tem como característica, poder ser ligada por circuitos da placa de CPU. É possível, por exemplo, progra­mar a sua ligação automática em um determinado horário. PCs que usam o padrão ATX podem ser completamente desligados, ou serem colocados em modo de espera. O funcionamento volta ao normal, do ponto onde foi feita a suspensão, sem a necessidade de realizar um novo boot. Alguns itens do CMOS Setup fazem a regulagem do uso desses recursos.

Power Button < 4 Secs

Este item tem duas opções: Soft Off e Suspend. Quando programado com Soft Off, o botão Power é usado para ligar e desligar o PC. Quando programado com a opção Suspend, este botão não desliga o PC, mas o coloca em modo suspend, ou seja, fica paralisado, consumindo pouca energia, mas pronto para voltar a funcionar no ponto onde parou. Nesse caso, para ligar e desligar o PC, é preciso pressionar o botão por mais de 4 segundos.

AC Power Loss Restart

Permite escolher como o PC será ligado novamente depois de uma queda de energia. As opções apresentadas são Enabled e Disabled. Programado em Enabled, faz com que o PC seja automaticamente ligado quando a ener­gia é restabelecida. Com a opção Disabled, o PC permanecerá desligado depois que a energia voltar. Será preciso atuar sobre o botão Power para ligá-lo.

Automatic Power Up

Permite programar o PC para que se ligue automaticamente em determi­nadas datas e horários, ou então diariamente em um horário programado.

Load Defaults

Felizmente, todos os Setups modernos possuem comandos para realizar a progra­mação automática de todos os seus itens, fazendo com que o usuá­rio não tenha obrigação de conhecer profundamente o seu significado. De­pois de feita esta “auto configuração”, o usuário só precisa acertar o reló­gio, definir os tipos de drives e os parâmetros do disco rígido. Vejamos quais são esses comandos.

Load Optimal Defaults

Este é o comando utilizado na maioria dos casos. Faz com que todos os itens sejam programados da forma mais eficiente possível, mas sem ativar os itens que são con­siderados “envenenamentos”. Em geral, são progra­mados os seguintes itens, além de diversos outros:
É habilitada a cache interna e a externa
É habilitada a Shadow RAM para o BIOS principal e o da placa SVGA
É ativado o máximo clock do processador
Com essas poucas providências, em geral o processador atinge o seu pleno desempenho. Entretanto, nem sempre chegamos ao máximo de­sempenho total do sistema. O bom conhecedor do Setup pode realizar ajustes visando obter, por exemplo, uma melhor taxa de transferência do disco rígido, através da ativação dos modos Ultra DMA e os outros recursos já apresentados.

Load Fail Safe Defaults

Quando o PC está apresentando problemas de funcionamento, muitas vezes é preciso reduzir bastante a sua velocidade. Com esta re­dução, em geral o PC passa a funcionar bem, pelo menos o sufi­ciente para que façamos uma investigação mais profunda sobre o pro­blema. Por exemplo, alguém inadvertida­mente instala memórias DRAM com 70 ns, quando a placa de CPU exige memó­rias de 60 ns. Isto faz com que a pro­gramação obtida com o “Optimal Defaults” resulte em erros de acesso à memória.
Quando usamos o comando “Load Fail Save Defaults”, todo o Setup é feito de forma que o PC opere com a menor velocidade possível. As caches são desabilitadas, o clock do processador é reduzido, e os tempos para acessar a DRAM serão os mais longos possíveis. O PC acaba ficando tão lento quanto um PC dos anos 80. Quando o PC fun­ciona com esta redução de veloci­dade, devemos experimentar habilitar cada um dos itens do Setup, até descobrir qual deles é o causador do pro­blema.

Load Original Values

Quando este comando está presente, são descartadas todas as alterações que o usuário realizou, sendo todos os itens reprogramados com os seus valores vigentes no instante em que o programa Setup entrou em execu­ção. Seu uso é equivalente a sair do Setup sem gravar os dados no chips CMOS, e depois executar o Setup no­vamente.

Exit

Todos os Setups possuem um comando de finalização, após do qual é dado prosseguimento ao processo de boot. Alguns Setups conti­nuam de onde pa­raram quando o usuário invocou a sua execução. Outros começarão tudo desde o início, apresentando uma nova contagem de me­mória e tudo o mais que ocorre durante o processo de boot. Ao sairmos do Setup, temos duas opções, como mostramos a seguir:

Save and Exit

Com este comando, as alterações feitas pelo usuário são armazenadas definitiva­mente no chip CMOS, antes do Setup terminar sua execução.

Do not Save and Exit

Usamos este comando para desistir das alterações que fizemos. Os dados do chip CMOS serão os mesmos vigentes no instante do início da execu­ção do Setup.

Upgrade de BIOS

Em muitos casos pode ser necessário atualizar o BIOS de uma placa de CPU, visando resolver problemas e acrescentar suporte a novos dispositivos. A primeira providência a ser tomada é descobrir a marca e o modelo da placa de CPU. Essas informações podem ser obtidas com o programa CTBIOS, e também através das técnicas apresentadas no site www.wimsbios.com.
Chegando ao site do fabricante da placa de CPU, temos que obter o programa que faz a gravação, bem como a versão mais recente do BIOS. É estritamente necessário utilizar um BIOS que seja próprio para a sua placa de CPU. Se for utilizado um outro BIOS, a placa tem grande chance de não funcionar mais.
Também é bom lembrar que a atualização de BIOS não é uma operação 100% segura. Se faltar energia elétrica durante a gravação, o BIOS estará perdido, e a placa de CPU inutilizada. Mesmo quando isto não ocorre, existe uma pequena chance de ocorrer travamento durante a gravação, ou mesmo que a atualização não funcione. O usuário e o técnico precisam estar a par desses riscos.
Os dois programas mais usados para fazer atualização de BIOS são o AWDFLASH e AMIFLASH, próprios para BIOS Award e AMI, respectivamente.

Upgrade de BIOS Award

Para reprogramar um BIOS Award, devemos usar o programa AWDFLASH.EXE. Devemos antes executar um boot no PC, usando a opção Somente Prompt do Modo de segurança. Copiamos para um mesmo diretório, o programa AWDFLASH.EXE e o arquivo que será gravado, já no formato BIN. Em geral, os BIOS são transmitidos pela Internet no formato ZIP, e você deve descompactá-los antes de fazer a gravação. No nosso exemplo, o arquivo com o BIOS, já descom­pactado, é o 5000V106.BIN. O programa AWDFLASH começa apresentando o quadro da figura 6, no qual pergunta qual é o arquivo que contém o BIOS a ser gravado. Usamos então 5000V106.BIN.
Figura 25.6
Fornecendo o nome do arquivo que contém o BIOS a ser gravado.
 
A seguir o programa pergunta se queremos gravar em um arquivo, o conteúdo do BIOS original. É altamente recomendável fazer esta gra­vação, o que nos permitirá voltar atrás em caso de problemas.
Na figura 7, digitamos o nome do arquivo que irá armazenar o conteúdo do BIOS antigo. Como nosso antigo BIOS era o de versão 1.04, chamaremos o arquivo de 5000V104.BIN.
Figura 25.7
O BIOS antigo já foi copiado.
 
 
Logo depois que termina a gravação do BIOS antigo em um arquivo, o programa pergunta se desejamos reprogramar o BIOS com o arquivo novo (no nosso caso, 5000V106.BIN). Respondemos que SIM, e depois de alguns segundos, estará com­pletada a gravação. O quadro mostrado na figura 8 nos instrui a resetar o PC para que as alterações tenham efeito.
Figura 25.8
É preciso resetar o PC.
 
 

Reprogramando um BIOS AMI

O programa AMIFLASH é usado para fazer upgrade em BIOS AMI. Sua operação também é simples, pare­cida com a já mostrada para o AWDFLASH. Podemos vê-lo na figura 9.
Figura 25.9
O programa AMIFLASH.
 
 
O programa perguntará o nome do arquivo a ser usado para a gravação. Será ofe­recida a opção de gravar o BIOS original em  um arquivo. Tanto o AMIFLASH como o AWDFLASH utilizam o formato BIN.

Detalhes importantes sobre atualização de BIOS

Os programas AWDFLASH e AMIFLASH foram desenvolvidos pela AWARD e AMI, respectivamente, para serem distribuídos por fabricantes de placas de CPU, visando a programação de novas versões de BIOS. Entretanto, devemos sempre consultar o fabricante da placa de CPU, e verificar se é oferecido um programa específico para esta gravação. Este é o caso, por exemplo, de placas de CPU pro­duzidas pela Intel, que utilizam seu próprio programa de gravação.
Existem placas de CPU nas quais é preciso habilitar a reprogramação do BIOS, através de um jumper, ou então do CMOS Setup. É recomendável deixar desabilitada a gravação, quer seja isto feito através de um jumper, quer seja pelo CMOS Setup. Existem certos vírus de PC (ex: Chernobyl) que apagam o BIOS do PC. Habilite a gravação apenas quando for atualizar o BIOS.
Todos os fabricantes de placas de CPU, assim como os sites que trazem informa­ções sobre upgrade de BIOS, avisam o seguinte:
Importante:
Faça o upgrade de BIOS apenas se o seu PC estiver apresentando problemas causados pelo BIOS. Este upgrade deve ser feito por sua conta e risco. Os fabricantes de placas de CPU não se responsabilizam por pro­blemas que possam ocorrer pela reprogramação do BIOS, mesmo que te­nha sido realizada de forma correta.
Upgrade de BIOS não é uma operação para ser feita por principiantes. Por exem­plo, se for feita uma gravação usando um arquivo errado, a Flash ROM ficará inuti­lizada, e terá que ser trocada por outra igual, com o BIOS correto já gravado. O problema todo é que se o BIOS gravado na ROM estiver errado, não será possível executar um boot, e sem o boot, não poderemos usar o programa gravador para reprogramar o BIOS correto.

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