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Parte 14: Compras e preparativos

Hora de comprar as peças e montar o PC!

 

Você já sabe as peças necessárias à montagem de um PC. A configuração escolhida dependerá da aplicação que terá o computador. Aqui vão algumas dicas importantes.
Identifique para que o computador vai ser utilizado. Dependendo da aplicação, poderá ser necessária uma configuração mais avançada. PCs para aplicações simples como processamento de texto e acesso à Internet podem utilizar vídeo onboard, terem processadores mais simples, uma modesta quantidade de memória e um disco rígido de capacidade média. PCs utilizados para aplicações profissionais devem ter uma placa de vídeo melhor, de resolução mais alta, e com recursos 3D, caso sejam usados para aplicações de engenharia, CAD e computação gráfica em geral. Esses PCs também precisam de processadores velozes e generosas quantidades de memória, bem como um disco rígido de alto desempenho. É fundamental o uso de um dispositivo de backup, já que em uma aplicação profissional, dados perdidos poderão representar um grande prejuízo. PCs para serem utilizados com jogos 3D de última geração devem ter uma configuração também avançada, parecida com a dos PCs para uso profissional, e preferencialmente deve ter uma boa placa de som com áudio 3D.

Qualidade dos componentes

Outra questão importante é a qualidade dos componentes utilizados. Existem no mercado brasileiro, componentes de alta qualidade e preços mais elevados, e também componentes de qualidade inferior e preços mais baixos. Se quiser mais detalhes sobre as melhores marcas e modelos, consulte o nosso Guia do comprador de PCs, em www.laercio.com.br.

Eletricidade estática

Por melhor que seja a qualidade dos componentes, tudo pode ser colocado a perder se eles não forem manuseados corretamente. Todos os dias, milhares de chips, placas, discos rígidos, memórias e outros componentes são danificados por descargas eletrostáticas (ESD). Veremos portanto neste capítulo, os cuidados que você deve tomar para não danificar as peças do computador com a eletricidade estática.

Dificuldades mecânicas

Quem sabe montar um PC, a princípio sabe montar todos. Existem pequenas diferenças em relação ao formato do gabinete. Encontramos gabinetes horizontais e verticais (também chamados de desktop e torre, respectivamente), existem diferenças nos métodos de fixação da placa de CPU, na disposição interna dos drives. Felizmente a diversidade de gabinetes não resulta em dificuldades muito grandes, e para a felicidade dos montadores de PCs, a maioria das etapas da montagem são idênticas. De qualquer forma, antes de detalhar a montagem de PCs, faremos uma apresentação dos principais tipos de gabinetes, o que tornará a montagem ainda mais fácil.

As etapas da montagem

Dividimos a montagem do PC em etapas independentes. São elas:
1) Preparação da placa de CPU, gabinete e drives
Nesta etapa vamos instalar as memórias, o processador e o cooler, além de revisar os jumpers da placa de CPU. Desta forma não precisaremos fazer alterações depois que a placa estiver instalada no gabinete.
2) Fixação da placa de CPU no gabinete
Veremos aqui os diferentes métodos usados para fixar a placa de CPU no gabinete. Existem os espaçadores plásticos e os parafusos metálicos, existem formas diferentes de posicionar a placa, dependendo do tamanho do gabinete.
3) Fixação dos drives e do disco rígido
Drive de disquetes, disco rígido, drive de CD-ROM e até um ZIP Drive interno, devem ser aparafusados ao gabinete. Todos esses drives possuem furos laterais para a colocação dos parafusos que os prenderão ao gabinete.
4) Fixação das placas de expansão
Esta é a hora de fixar a placa de vídeo, caso a placa de CPU não utilize vídeo onboard. Certos conectores auxiliares que acompanham algumas placas de CPU também devem ser instalados nesta etapa. Recomendamos que placas de som, modem e rede sejam instaladas depois da instalação do sistema operacional.
5) Conexão dos cabos
Cabos flat que interligam as diversas placas e drives, bem como os cabos de alimentação e demais cabos envolvidos são ligados nesta etapa.
6) CMOS Setup
Aqui declaramos a data e a hora, os parâmetros do disco rígido e várias opções de funcionamento do hardware.
7) Formatação do disco rígido
Somente depois de realizadas a partição e a formatação lógica o disco rígido estará pronto para receber dados, inclusive para a instalação do sistema operacional.
8) Ajustes finais
Esta é a hora de configurar o display digital, organizar os cabos e checar se tudo está funcionando. O computador estará pronto para a instalação do sistema operacional.
Logo começaremos a apresentação dessas etapas da montagem, mas antes vamos aos tópicos preliminares, sem os quais toda a montagem pode ser colocada a perder.

Cuidado com a eletricidade estática

O computador novinho em folha já veio com alguns problemas de mau funcionamento. O outro, depois de alguns meses de uso, passou a apresentar defeito na memória. Qual é o usuário que nunca viu essas coisas acontecerem? Esses são apenas alguns exemplos de problemas inexplicáveis existentes em PCs novos ou com poucos meses de uso. As descargas eletrostáticas (ESD) que ocorreram quando os componentes foram tocados com as mãos pelos vendedores, técnicos e usuários, foram as responsáveis por esses defeitos. Tais problemas seriam evitados se essas pessoas tomassem os devidos cuidados, o que por sinal não dá trabalho algum. Vejamos então o que são as descargas eletrostáticas, os problemas que causam e como evitá-las.

Como ocorrem as descargas eletrostáticas

As descargas eletrostáticas ocorrem quando tocamos placas e chips com as mãos. Quando o vendedor coloca uma placa na vitrine, ou quando cola e escreve aquela etiqueta da garantia, ou quando ele retira ou coloca uma placa, chip ou disco rígido na embalagem. Ocorre quando o técnico ou o usuário segura as peças para fazer a instalação. Os vendedores e técnicos deveriam tomar cuidado. Afinal as peças que estão manuseando não pertencem a eles, e sim ao usuário que irá comprá-las.

O que são as descargas eletrostáticas

Todos se lembram de um belo dia, lá por volta da sexta série do primeiro grau, quando na aula de ciências é apresentada uma experiência com eletricidade estática. Esfregamos uma caneta nos cabelos ou no casaco, tornando-a eletrificada. A caneta passa a atrair para si, pequenos pedacinhos de papel. Os elétrons acumulados na caneta são os responsáveis por esta atração. Quaisquer materiais, quando friccionados entre si, produzem quantidades maiores ou menores de eletricidade estática. Ao se levantar de uma cadeira forrada com material plástico, retirar um casaco de lã ou mesmo ao andar por um carpete, o corpo humano acumula cargas suficientes para gerar uma tensão de alguns milhares de volts. Certamente você já deve ter tomado algum dia, um choque ao abrir a porta de um automóvel, ou mesmo uma porta comum. Tensões estáticas superiores a 3000 volts são percebidas por nós, na forma de um pequeno choque. Tensões mais baixas não chegam a provocar choques, por isso tendemos a não acreditar nas descargas eletrostáticas. Para danificar um chip de memória ou um processador, bastam algumas dezenas de volts.

Os estragos causados pelas descargas eletrostáticas

Descargas eletrostáticas podem causar dois tipos de falhas: catastróficas e latentes. As falhas catastróficas são as mais fáceis de serem percebidas. A placa, chip ou disco rígido simplesmente não funcionam, mesmo quando novos. O usuário compra um módulo de memória, o vendedor o toca com as mãos. Talvez tenha queimado. O usuário vai instalar o módulo e a memória não funciona. Sendo imediatamente percebida esta falha, o usuário pode ir à loja e solicitar a troca (azar do dono da loja). As falhas latentes são bem piores. O equipamento funciona aparentemente bem, mas depois de alguns meses, semanas ou até dias, a falha é manifestada, de forma permanente ou intermitente. Se ocorrer fora do período de garantia, o azar será do usuário.

Os fabricantes avisam

Todos os chips, placas e discos rígidos possuem avisos dos seus fabricantes, alertando sobre os perigos da eletricidade estática. Todos os fabricantes, sem exceção, dão este aviso. Infelizmente 99% dos vendedores e usuários, além da maioria dos técnicos, ignoram sumariamente esses avisos. A vida de um componente eletrônico começa na fábrica com todos os cuidados, de onde sai protegido por embalagens anti-estáticas. A seguir sofre inúmeras descargas durante a venda e instalação, e se não tiver sorte, termina com falhas catastróficas ou latentes, além de sofrer reclamações de usuários devido a travamentos. Quem está errado? O fabricante? Ou aqueles que não tomam cuidado? O usuário precisa conhecer os perigos da eletricidade estática e cobrar aos técnicos e vendedores para que tenham cuidado. Simplesmente não deveriam comprar em lojas nas quais os vendedores ignoram a eletricidade estática. Cabe a você, um futuro produtor de PCs, tomar os devidos cuidados com a eletricidade estática.
Figura 11.1
Etiquetas com advertências sobre a eletricidade estática.
 
 
 

Influência da umidade relativa do ar

É errado pensar que as descargas eletrostáticas só ocorrem quando o clima é seco. Andar em um carpete pode gerar tensões de 3500 volts se a umidade relativa do ar estiver baixa, ou de apenas 1500 volts se a umidade estiver alta. Esta tensão é mais que suficiente para danificar qualquer chip.

Porque não sentimos choque

Felizmente não sentimos choque na maior parte das descargas eletrostáticas. Tendemos a não acreditar no perigo devido à ausência de choque. A duração das descargas é tão pequena (bilionésimos de segundo) que não permite estabelecer uma corrente elevada, mesmo sendo a tensão tão alta. Ainda assim é suficiente para danificar os minúsculos transistores que formam os chips. Podemos entender isso através de uma analogia com o fogo. Acenda uma vela e mova o dedo rapidamente sobre o fogo. Se mantivéssemos o dedo parado sobre o fogo, sofreríamos uma queimadura, mas se o passarmos por apenas uma fração de segundo, o calor não será suficiente para causar qualquer sensação de dor. Faça agora a mesma coisa com um fio de cabelo. Por mais rápido que você o passe sobre a chama, ele sempre irá queimar. O mesmo ocorre com as descargas eletrostáticas: a sua duração não é suficiente para causar choque mas dá e sobra para queimar os transistores que formam os chips.

Como proteger os circuitos

É muito fácil evitar as descargas eletrostáticas. Não dá trabalho algum, é só uma questão de cuidado. Vendedores devem manter os produtos dentro das suas embalagens anti-estáticas. Ao retirá-los da embalagem, devem sempre segurar as placas pelas bordas, sem tocar nos chips e conectores. Um disco rígido deve ser segurado pela sua carcaça, e não pela placa de circuito. Processadores devem ser seguros sem que toquemos nos contatos metálicos. Quando um vendedor coloca aquela “etiqueta da garantia”, deve fazê-lo sem tocar nos circuitos. Técnicos e usuários devem tomar os mesmos cuidados, mas como manuseiam os componentes durante muito tempo, precisam ainda realizar uma descarga de segurança. Para isso basta tocar com as duas mãos um corpo metálico, como o gabinete ou a fonte do computador, antes de realizar as instalações de hardware. Um bom laboratório de manutenção deve ter pulseiras anti-estáticas para os seus técnicos.
Figura 11.2 - Pulseira anti-estática e sua utilização.  
O ideal é que você utilize a pulseira anti-estática ao manusear componentes de hardware. Além disso, é preciso seguir as regras apresentadas aqui:
1) Antes de manusear os equipamentos, toque suas duas mãos em uma janela metá­lica, não pintada. Se isto não for possível, toque com as duas mãos a fonte de ali­mentação do computador. Se a fonte for pintada, toque em outra parte do interior do gabinete que seja de metal, e não pintada (figura 3). Repita esta descarga a cada 15 minutos.
Figura 11.3
Descarregando a eletricidade estática.
 
 
 
 
2) Segure as placas pelas suas bordas laterais. A figura 4 mostra a forma correta e a forma errada de segurar uma placa. Um disco rígido deve ser segurado pela sua carcaça metálica. A figura 5 mostra a forma correta e a forma errada de segurar um disco rígido. Módulos de memória e processadores também devem ser segurados pelas laterais, sem tocar nos seus contatos metálicos.
Figura 11.4
Forma certa e errada de segurar uma placa.  
 
 
Figura 11.5
Forma certa e errada de segurar um disco rígido.
 

Dicas sobre compras

Em várias lojas, grandes ou pequenas, oficiais ou informais, no Brasil ou no exte­rior, você pode encontrar à venda as peças necessárias à montagem de um PC. É preciso entretanto tomar cuidado para não cair em certas armadilhas. Você precisa conhecer algumas dicas a respeito do fornecedor, acessórios e procedência do material.

O fornecedor

Para ter maior segurança sobre o bom funcionamento das peças, é recomendável que sejam compradas em um fornecedor local, de sua confiança, ou sobre o qual você tenha boas referências. Muitos usuários são tentados a abrir o jornal e telefo­nar para dezenas de fornecedores desconhecidos, com o objetivo de comprar as peças mais baratas. Acabam comprando placas, disco rígido, drives, gabinetes e memórias em diversos fornecedo­res diferentes. Corre-se desta forma um certo risco de incompatibilidades. Se o disco rígido apresentar algum defeito, o seu fornecedor dirá que o disco está bom, e que o defeito está na sua interface, localizada na placa de CPU. O fornecedor da placa de CPU dirá o contrário. Este é um exem­plo no qual “o barato sai caro”.’
Cheque também, antes da compra, se o seu fornecedor presta serviço de suporte técnico em caso de dificuldades na montagem. Podemos dizer que quando o usuá­rio realiza a montagem cuidadosamente de acordo com as instruções deste livro e todas as peças estão em perfeitas condições, a chance de que tudo funcione bem é de quase 100%. Entretanto, não está totalmente descartada a possibilidade de ocor­rerem dúvidas e problemas durante a montagem. Neste ponto, o papel do fornece­dor é importantís­simo. Evite comprar material em fornecedores leigos, que não têm condi­ções de prestar suporte em caso de problemas. Não basta dizer que reali­zará trocas em caso de problemas, pois é possível que todas as peças estejam em boas condições e mesmo assim o usuário tenha dúvidas. O melhor tipo de fornecedor neste caso é aquele que, além de vender as peças separadamente, também faz a montagem de micros, o que é uma demonstração de competência técnica.
Muitos são tentados a comprar peças diretamente no exterior, durante uma viagem. É comum também o caso daqueles que pedem a um amigo que viaja ao exterior para comprar algumas “pecinhas” para montar seu PC. Aqui existem dois pro­blemas em potencial. Se todas as peças forem adquiridas corretamente e não apre­sentarem problemas, sem dúvida a aquisição terá valido a pena, mas não é possível ter, a priori, certeza abso­luta de que não ocorrerão problemas. Se por exemplo, o disco rígido estiver defeituoso, será um grande transtorno levá-lo de volta à loja onde foi com­prado para realizar a troca. Muitos usuários acabam por perder desta forma as peças baratas adquiridas nessas viagens.
Ao pedir a um amigo para que traga material do exterior, é muito comum a com­pra de peças erradas e a falta de acessórios, como por exemplo, os manuais que acompanham as placas. Para acomodar essas peças na ba­gagem, muitos as retiram das suas caixas protetoras, que em geral ocupam muito volume. Essas peças aca­bam sofrendo danos durante o trans­porte.
No Rio de Janeiro, um bom lugar para encontrar material de informática é no Edi­fício Avenida Central. Em São Paulo, podemos citar as lojas da rua Santa Ifigênia e imediações. Em outras cidades, podemos também encontrar com facilidade tais revendas. Se você quer comprar através dos correios, ou se está no Rio de Janeiro, recomendo a Computer Designers (www.cdr.com.br). É uma empresa pequena mas competente, na qual tenho comprado meus equipamentos nos últimos anos.

Manuais, disquetes e acessórios

Sem dúvida, esta é a principal fonte de insucesso. Todas as placas são acompanha­das de manuais técnicos. Sem esses manuais, é até possível que o usuário consiga montar o PC, mas no caso de futuras expansões, certamente ocorrerão problemas.
Assim como ocorre com todas as placas, os discos rígidos também são acompanha­dos de um pequeno manual, onde existem instruções para a sua instalação. Muitas vezes esta instalação pode ser feita sem a presença do manual, mas o usuário não poderá, por exemplo, realizar a futura insta­lação de um segundo disco rígido, já que para isto será preciso alterar al­guns jumpers de configuração. Muitos modelos de disco rígido possuem estampadas na sua própria carcaça (figura 6), um resumo das instruções do seu manual, desta forma suprindo a sua falta, pelo menos em parte.
Figura 11.6
Muitos discos rígidos possuem estampadas na sua carcaça, as instruções sobre a programação dos seus jumpers.
 
O gabinete também deve ser acompanhado de um manual, que consiste em uma pequena folha. Com essas instruções é possível instalar e configu­rar os números que serão mostrados no display digital.
Além dos manuais, alguns módulos são acompanhados de CDs ou disquetes contendo drivers e utilitários. Por exemplo, as placas de vídeo são acompanhadas dos drivers de vídeo, DirectX e utilitários. Em alguns casos são também acompanhadas de jogos. Modems são acompanhados de drivers e programas de comunicação, como por exemplo, software para transmissão e recepção de fax. Placas de som são acompanhadas de drivers e diversos aplicativos, como programas para reprodução de CDs, editores de som, etc. De um modo geral, todas as placas são acompanhadas de drivers, mas isto não ocorre apenas com as placas. Impressoras, scanners, joysticks e até monitores são acompanhados de drivers.

A procedência do material

Antigamente, produto importado era sinônimo de “produto caro e de altís­sima qua­lidade”. Hoje não podemos afirmar a mesma coisa. Existem produ­tos importados da Ásia com baixíssimos preços e baixíssima qualidade. Em parte, isto ocorre com algumas peças para computador. A princípio, a mai­oria das peças para computador vindas do Japão, Korea, Cingapura, Tai­lândia, Taiwan, China continental e demais países da Ásia são de boa qua­lidade, mas existem muitas de qualidade inferior. As peças, placas e equi­pamentos produzidos nos Estados Unidos são de melhor quali­dade. Entre­tanto, muitos fabricantes americanos possuem fábricas na Ásia, o que mos­tra que também lá existem produtos de alta qualidade. Não é desabonador o fato de um equipamento ter sido produzido na Ásia, e também não é ne­cessário procurar desesperadamente por peças “Made in USA”. O pro­blema é que existem as peças de qualidade inferior. São peças não apro­vadas no controle de qualidade, ou peças recondicionadas, ou que são fabricadas por empresas que não as desen­volveram, e simplesmente copi­aram a partir de produtos de outros fabricantes. Não existe uma regra geral para diferenciar um componente bom de um ruim. O que existe são pistas que devem ser seguidas:
1) Em geral, todos os equipamentos produzidos nos Estados Unidos, ou mesmo produzidos na Ásia por empresas americanas, são de qualidade superior.
2) As melhores placas de CPU são as fabricadas pela Intel, Supermicro, FIC, Asus, Soyo, MSI, A-trend, Open e Tyan. Abit e Gigabyte também são consideradas aceitáveis, apesar de muitos usuários já terem passado por problemas com certos modelos. Placas de fabricação da PC Chips e Tomato são de má reputação, apesar de serem muito utilizadas no Brasil, devido aos seus baixos preços.
3) Quanto aos discos rígidos, é difícil falar em melhores e piores. Freqüentemente fabricantes de boa reputação produzem modelos problemáticos que deixam bastante a desejar. A Seagate sempre foi um grande fabricante, mas já passou por fases problemáticas. O mesmo ocorreu com a Western Digital, que sempre foi de primeira linha, mas passou por sérios problemas com seus modelos entre 4 GB e 10 GB, muitos deles apresentando defeitos. Quantum e Maxtor (recentemente esses dois fabricantes se uniram) têm passado por uma boa fase. Por outro lado, certos fabricantes não têm conseguido manter um padrão de qualidade e confiabilidade. É o caso da Fujitsu e da Samsung.
4) Uma grande confusão ocorreu no mercado de placas de vídeo, a partir de 1999. A Diamond, considerada por muitos como a melhor fabricante de placas de vídeo, foi comprada pela S3, produtora de chips gráficos. Isso fez cair bastante a sua competência. Antes a Diamond utilizava chips gráficos de vários fabricantes, como Nvidia, 3DFx e S3. Passou então a produzir apenas placas com chips da S3. Os resultados não foram bons, e a S3 acabou sucateando a antiga Diamond, ficando apenas com algumas de suas linhas de produtos. A 3DFx, grande fabricante de chips gráficos 3D de alto desempenho, tornou-se também uma fabricante de placas, mas teve grandes prejuízos e acabou sendo parcialmente adquirira pela sua maior concorrente, a Nvidia. Este sim é o fabricante que tem tido mais sucesso recentemente. Seus chips gráficos têm excelente desempenho e seus preços são acessíveis. Têm sido utilizados por diversos fabricantes de placas de vídeo.
5) Os monitores Samsung e LG, muito comuns no Brasil, são de boa qualidade. Também são os fabricados pela Sony, NEC, Philips, Viewsonic entre ou­tros.
6) Impressoras produzidas pela Epson, HP, Canon e Lexmark, muito comuns no Brasil, são de boa qualidade.
7) Kits multimídia produzidos pela Creative Labs (Sound Blaster) são os mais re­comendáveis. Você também pode comprar separadamente a placa de som e o drive de CD-ROM. Drives da Creative, LG, Sony e Teac são de boa qualidade.
8) As placas fax/modem da US Robotics e 3COM são muito bem conceituadas. Se você comprar um modem com DSP (processador de sinais digitais), essas são as marcas mais confiáveis. Se optar por um Winmodem, optar por um modelo da US Robotics não é garantia de bons resultados. Em outras palavras, um Winmodem da US Robotics é tão limitado e deficiente quanto os de outros fabricantes. Entre os limitados e baratos Winmodems, os da Lucent têm apresentado bons resultados. Modems da PCTel são muito baratos, mas são os que recebem mais queixas dos seus usuários.

Calma e atenção

Não monte o computador com pressa e nem com ansiedade. Não faça como o sujeito que chegou em casa às 11 horas da noite com as peças tão espe­radas e começou a mon­tar o PC madrugada a dentro. Este montador ansioso nem quis jantar. Teve difi­culdades e acabou indo dormir às 4 horas da manhã sem ter conseguido montar o computador. No dia seguinte, fez tudo novamente, com a calma e atenção necessárias e finalmente conseguiu montar seu PC.
Tenha calma e atenção, e evite a pressa e a ansiedade. Reserve um horá­rio tran­qüilo, em um bom espaço, e sem crianças por perto. Confira se to­das as peças estão corretas, separe todos os cabos, manuais, parafusos, ferramentas e tudo o que você precisar para montar o PC. Se você não tiver calma e atenção, poderá fazer al­guma ligação errada, o que pode até mesmo causar dano às peças.

O que acompanha cada peça

Ao comprar as diversas peças envolvidas na montagem de um PC, é pre­ciso exigir os seus manuais, disquetes, cabos e demais acessórios. Este material será necessário para obter sucesso na montagem. Mesmo micros que são vendidos prontos devem ser acompanhados dos manuais e dis­quetes de suas placas. Vejamos então o que deve acompa­nhar cada módulo.

Placa de CPU

Este é o módulo que possui o maior número de acompanhantes. São eles:
  • Manual da placa de CPU
  • 2 cabos flat IDE
  • Cabo flat para drives
  • Cabos das interfaces seriais e paralelas (nas placas padrão AT)
  • Conectores VGA (em placas AT com vídeo onboard)
  • Conectores de som (em placas AT com som onboard)
  • CD com software de apoio e drivers da placa de CPU
  • Mecanismos de fixação do processador
O manual da placa de CPU traz todas as informações necessárias à sua montagem, instalação de memórias, instalação de um novo processa­dor e como realizar o CMOS Setup. São ainda fornecidos os cabos flat para dar acesso às interfaces IDE e interface de drives. Placas padrão ATX possuem as interfaces seriais e paralelas acessíveis por conectores na sua parte traseira, mas as do padrão AT possuem co­nectores auxiliares para essas interfaces.
Pla­cas de CPU ATX com vídeo onboard possuem um conector VGA (DB-15) localizado na sua parte traseira. Já as placas AT com vídeo onboard utilizam  uma extensão VGA. Da mesma forma, placas ATX com som onboard possuem na sua parte traseira as conexões de áudio e do joystick. As placas de CPU AT, quando possuem som onboard, são acompanhadas de um conector de som, como o mostrado na figura 7.
Figura 11.7
Conectores para som, que acompanham placas de CPU AT com som onboard.
 
As placas de CPU modernas são ainda acompanhadas de um CD-ROM com software de apoio. Podemos encontrar diversos tipos de software:
  • Drivers de vídeo para Windows e outros sistemas, no caso de placas de CPU com vídeo onboard.
  • Drivers de som, para placas de CPU com som onboard.
  • Drivers de rede, para placas de CPU com “rede onboard”
  • Drivers de modem, para placas de CPU com modem onboard
  • Driver Ultra DMA
  • AGP Miniport Driver
  • Drivers do chipset
  • Software para monitoração de temperatura e voltagem.
Assim como ocorre com qualquer placa de vídeo e placa de som, as placas de CPU que englobam circuitos de vídeo e som necessitam de drivers apropriados para que esses circuitos funcionem.
As placas de CPU cujas interfaces IDE são capazes de operar nos modos ATA-33, ATA-66 e ATA-100 são acompanhadas de um driver que ativa esses modos de operação. As versões mais recentes do Windows possuem drivers similares, mas quando a placa de CPU possui um chipset mais novo, não suportado pelo Windows, é preciso utilizar o driver que o fabricante fornece neste CD.
Muitas placas são acompanhadas de um software de monitoração, através do qual vários itens do seu funcionamento são checados: temperatura do processador, temperatura do interior do gabinete, velocidade de rotação dos coolers, quantidade de memória livre, espaço em disco, tensões geradas pela fonte, tensões que alimentam o processador, etc. Quando são detectadas condições críticas, este software informa ao usuá­rio, que pode providenciar o fechamento dos programas em execução antes que o problema se torne mais sério, ou até mesmo desligar o computador. Desta forma é reduzida a chance de perda de dados.

Placa de vídeo

Esta placa em geral é acompanhada do seguinte material:
  • Manual da placa
  • CD-ROM com drivers SVGA e utilitários
  • Algumas são acompanhadas de jogos e outros softwares
Nem sempre o manual é necessário para a montagem do computador, mas sem­pre exis­tem informações técnicas valiosas. Por exemplo, certas placas permitem a instalação de mais memória de vídeo. Podem ser expandidas de 1 MB para 2 ou 4 MB. As instruções para esta expansão estão explica­das no seu manual. Existem também tabelas que mostram os modos gráfi­cos que a placa pode utilizar. Tais informações podem ser úteis para regu­lar o funcionamento da placa, com o objetivo de aprovei­tar melhor os recur­sos do monitor.
No CD-ROM que acompanha a placa de vídeo, é possível encontrar, além de utilitários que permitem o seu controle, drivers para habilitar o seu funcio­namento em vários sistemas operacionais.

Disco rígido

O disco rígido é em geral acompanhado de:
  • Manual
  • Disquete com driver LBA
O manual é sempre muito importante. Certos modelos de disco rígido pos­suem estampadas na sua carcaça um resumo das informações mais impor­tantes do seu manual. O disquete com o driver LBA é necessário apenas para fazer a instalação em PCs com BIOS antigos. As antigas versões de BIOS disponíveis não eram capa­zes de operar diretamente com discos rígidos com capacidades acima de 504 MB. Os fabricantes de discos rígi­dos passaram então a fornecer um disquete com um software que adiciona a função LBA (Logical Block Address), permitindo o uso de discos IDE com até 8,4 GB. As atuais placas de CPU já possuem no BIOS a fun­ção LBA, e portanto podem acessar discos IDE acima de 504 MB, sem a ne­cessidade do uso deste driver. Por isso, muitos fabricantes dei­xaram de fornecer este disquete, mas oferecem este software através da Internet.
Depois que a função LBA foi implantada, os BIOS dos PCs passaram a permitir acessos a discos rígidos de até 2 GB. Logo surgiram discos com capacidades acima de 1 GB, e a nova barreira ficou próxima. Novas alterações na função LBA torna­ram o BIOS capaz de acessar discos com capacidades maiores que 2 GB, podendo chegar até 8,4 GB. Surgiram então discos com 2,5 GB, 3 GB, 4 GB. Já no início de 1998, discos de 4 GB eram comuns, e começavam a chegar ao mercado, modelos de 6 GB e 8 GB, aproximando-se então da barreira dos 8,4 GB. Os BIOS das pla­cas de CPU desta época já incluíam suporte para discos rígidos com capacidades acima de 8,4 GB. Por outro lado, se for necessário utilizar um disco com capaci­dade maior que esta, em PCs com BIOS que só permitem chegar a 8,4 GB, será preciso instalar um software de apoio que acompanha o disco rígido. São progra­mas como o Disk Manager e o EZ Drive, os mesmos que no final de 1994 permi­tiam aos PCs com BIOS antigos, ultrapassar a barreira dos 504 MB. Se a sua placa de CPU é nova (posterior a jan/1998), certamente o seu BIOS já permite acessar discos com mais de 8,4 GB, e você não precisará utilizar o disquete que o acompanha, ou então fazer uma atualização de BIOS.
OBS.:     Os fabricantes de placas de CPU oferecem atualizações de BIOS, através da Internet. As memórias ROM que são usadas nas placas de CPU modernas são do tipo Flash ROM, ou seja, podem ser reprogramadas eletrica­mente pelo próprio usuário, através de software apropriado, fornecido pelo seu fabricante. Se você conhece o endereço do site na Internet do fabricante da sua placa de CPU, pode fazer o download da nova versão de BIOS para a sua placa. Sua placa de CPU passará então a contar com novos recursos, como por exemplo, o suporte a discos IDE com mais de 8,4 GB.

Drive de CD-ROM

Praticamente todos os drives de CD-ROM são acompanhados de um manual, além de um disquete com drivers que permitem o seu funcionamento no modo MS-DOS. Este é um erro freqüentemente cometido por quem instala um drive de CD-ROM pela primeira vez. Não é preciso, e nem é recomendável utilizar o driver existente neste disquete, pois o Windows já possui seus drivers nativos para controlar o drive de CD-ROM. Confira então o material que acompanha o seu drive:
  • Manual
  • Disquete com driver para MS-DOS
  • Cabo de áudio
  • Cabo flat IDE
  • Parafusos de fixação

Monitor

Junto com o monitor é fornecido um manual com características técnicas. Em geral o monitor não requer nenhum tipo especial de configuração. Basta conectá-lo à placa SVGA e estará pronto para funcionar. Entretanto, as informações do seu ma­nual são extremamente úteis. Por exemplo, exis­tem indicações sobre as suas fre­qüências horizontais e verticais de funcio­namento, o que facilita a regulagem da placa SVGA para obter a melhor imagem possível no monitor.
Os monitores modernos são Plug-and-Play. São detectados pelo Windows, e a seguir seus drivers são instalados. O que esses drivers fazem é basicamente informar ao Windows as freqüências e resoluções suportadas, bem como o funcionamento dos modos de economia de energia. Alguns monitores são acompanhados de um disquete com seus drivers. Se o Windows não tiver drivers para o seu monitor, você pode usar os existentes neste disquete.

Mouse

Para funcionar em ambiente Windows, o mouse não requer, em geral, ne­nhum software especial. Mesmo assim, algumas vezes o mouse é acom­panhado de um disquete com um software que permite o uso de seus três botões, já que os drivers para Windows em geral dão acesso a apenas dois botões. Também é fornecido neste disquete um “driver de mouse para DOS”. Ele é necessário para fazer com que possa ser usado sob o MS-DOS, sem a presença do Windows, como por exemplo, em jogos antigos.

Gabinete

Muitos gabinetes possuem na sua parte frontal, um display digital para indicar o clock do processador. O valor mos­trado neste display deve ser programado pelo próprio usuário, através de instruções existentes no manual do gabinete. Normalmente este manual consiste em uma única folha com as instruções para a ligação do display na fonte de alimentação, na placa de CPU, e para a programação de seus números.

Drive de disquete

Drivers de disquete não são acompanhados de manual algum. Não necessitam de configurações especiais, nem drivers. Basta conecta-los no computador e declara-los no CMOS Setup, e estarão prontos para funcionar. Também não são fornecidos com parafusos ou cabos. Os parafusos acompanham o gabinete, e o cabo flat acompanha a placa de CPU.

Teclado

Teclados também não são acompanhados de manuais ou drivers, mas existem algumas exceções. Os chamados teclados multimídia são fornecidos com um CD-ROM contendo um software que habilita o funcionamento dos seus botões especiais (Play, Stop, Volume, etc.).

Modem, placa de rede, placa de som

Todas essas placas são fornecidas com manual e um CD ou disquete com drivers e utilitários. Além do driver, o modem é acompanhado de programas de comunicação. Um cabo telefônico padrão RJ-11 também acompanha o modem. Placas de rede são acompanhadas de drivers e em alguns casos, programas de gerenciamento e diagnóstico de rede. Placas de som são acompanhadas de drivers, aplicativos sonoros e em alguns casos, jogos. Algumas placas de som são também acompanhadas de um cabo de áudio para ligação com o drive de CD-ROM.

Conexão das partes

A conexão das partes que formam um PC é bastante simples, seja no caso de pla­cas de CPU AT, seja no caso de placas de CPU ATX, seja em gabinetes horizontais ou verticais, grandes ou pequenos. Vamos inicialmente mostrar como as diversas peças são interligadas, e na próxima seção veremos como ficam posicionadas no gabinete.

Conexão das partes em um sistema padrão AT

Podemos ver as conexões na figura 8. Nesta fi­gura estamos representando um PC completo, com exceção do gabinete. No centro de tudo está a placa de CPU. Nela estão ligados diversos dispo­sitivos:
  • Teclado
  • Mouse - na interface COM1
  • Impressora - na interface paralela
  • Drive de disquetes
  • Disco rígido
  • Drive de CD-ROM
  • Painel frontal do gabinete
  • Fonte de alimentação
Figura 11.8 - Ligações em uma placa de CPU AT
O teclado é ligado diretamente no conector existente na parte traseira da placa de CPU. O mouse é ligado em uma das interfaces seriais existentes na placa de CPU (COM1 e COM2), sendo que normalmente é ligado na COM1. A impressora é ligada na LPT1, a interface paralela existente na placa de CPU. Tanto o drive para disquetes como o disco rígido e o drive de CD-ROM são ligados nas respec­tivas interfaces existen­tes na placa de CPU, através de cabos flat apro­priados. O ideal é ligar o disco rígido na interface IDE primária, e o drive de CD-ROM na interface IDE secundária.
Na placa de CPU é feita a conexão da placa SVGA, na qual é ligado o moni­tor. Quando a placa de CPU tem vídeo onboard, é usado um conector auxiliar para ligar a saída de vídeo da placa de CPU até um conector DB-15, a ser instalado na parte traseira do gabinete.
A fonte de alimentação é ligada à tomada da rede elétrica, e possui uma saída para a ligação da tomada do monitor. Existem saídas para fornecer corrente para a placa de CPU, os drives e o disco rígido.

Conexão das partes em um sistema padrão ATX

Podemos ver as conexões na figura 9. Observe que as conexões são muito pareci­das com as de um sistema AT, exceto pelo formato da placa de CPU, e pelas cone­xões existentes na sua parte traseira.
No centro de tudo está a placa de CPU. Nela estão ligados diversos dispo­sitivos:
  • Teclado
  • Mouse
  • Impressora
  • Drive de disquetes
  • Disco rígido
  • Painel frontal do gabinete
  • Fonte de alimentação
 Figura 11.9 - Ligações em uma placa de CPU ATX.
O teclado é ligado diretamente no conector existente na parte traseira da placa de CPU. Neste tipo de placa, é usado um conector de teclado padrão PS/2. O mouse é ligado em uma das interfaces seriais existentes na placa de CPU (COM1 e COM2), ou então na interface para mouse padrão PS/2. A impressora é ligada na LPT1, a interface paralela existente na placa de CPU. Tanto o drive para disquetes de 3½” como o disco rígido e o drive de CD-ROM são ligados nas respec­tivas interfaces existen­tes na placa de CPU, através de cabos flat apro­priados.
Ainda na placa de CPU é feita a conexão da placa SVGA, na qual é ligado o moni­tor. Esta placa poderá ser do tipo PCI ou AGP, mas preferencialmente AGP nos sistemas em que é necessário um bom desempenho 3D. Quando a placa de CPU possui vídeo onboard, o monitor é ligado no conector VGA existente na parte traseira da placa de CPU, junto aos demais conectores.
A fonte de alimentação é ligada à tomada da rede elétrica, e possui uma saída para a ligação da tomada do monitor. Existem saídas para fornecer corrente para a placa de CPU, os drives e o disco rígido.

Etapa 1: Preparação da placa de CPU, gabinete e drives

Começamos agora a montagem propriamente dita. Esta é uma etapa mais de preparação do que de montagem. Mãos à obra!
1) Abra o gabinete, o que normalmente é feito pela remoção de parafusos locali­zados na sua parte traseira.
Figura 11.10
Abrindo o gabinete.
 
 
 
2) Conecte a fonte de alimentação na chave liga-desliga (nos gabinetes AT). Normalmente esta conexão já vem feita de fábrica, mas caso não esteja feita, use as instruções existentes na etiqueta da fonte de alimentação para ligar os 4 fios da chave liga-desliga.
Figura 11.11 - Ligando a fonte de alimentação AT na chave liga-desliga do gabinete. Na fonte de alimentação existe uma etiqueta com as instruções.
3) Conecte o display do gabinete na fonte de alimentação.
Figura 11.12 - Ligação do display na fonte de alimentação.
 
 
 
4) Identifique os conectores do painel do gabinete: Reset, Speaker, etc. Normalmente os nomes estão indicados no conector interno, mas caso não estejam, será preciso seguir os fios até o painel para descobrir qual é o Reset, qual é o Speaker, etc.
Figura 11.13
Identificando os conectores do painel.
 
 
 
5) Separe os manuais das placas, do gabinete e do disco rígido.
6) Identifique no manual da placa de CPU onde estão explicadas as cone­xões do painel frontal do gabinete. Identifique na própria placa de CPU quais são esses pontos de conexão.
Figura 11.14
Instruções para conectar o painel do gabinete na placa de CPU.  
 
7) Identifique no manual da placa de CPU onde está explicado o CMOS Setup.
8) Separe os parafusos que acompanham o gabinete. A maioria deles recai em duas categorias distintas, que aqui chamamos de Classe 1 e Classe 2.
Figura 11.15
Parafusos do gabinete.
 
9) Correlacione os furos existentes no gabinete com os furos existentes na placa de CPU. Identifique quais furos usarão parafusos hexagonais e quais usarão espa­çadores plásticos. Coloque espaçadores plásticos nos furos apropriados da placa de CPU. Note que existem alguns espaçadores plásticos que possuem rosca na parte inferior, como se fossem parafusos de plásticos. Esses espaçadores devem ser instalados no gabinete, e a placa de CPU será posteriormente encaixada sobre eles.
Figura 11.16
Furos do gabinete.
 
10) Prenda no gabinete os parafusos hexagonais que irão fixar a placa de CPU.
Figura 11.17
Fixando os parafusos hexagonais.
11) Retire todas as 8 lâminas que tampam as fendas da parte traseira do gabinete, para que possam ser alojadas as placas de expansão. Em al­guns casos, esta pro­vidência pode não ser necessária, pois alguns fa­bricantes fornecem as lâminas em separado, dentro da caixa onde ficam os parafusos e demais acessórios.
Figura 11.18
Retirando as lâminas traseiras do gabinete.
 
 
 
12) Com a ajuda de uma chave de fenda, abra as fendas localizadas na parte tra­seira do gabinete, próprias para a fixação dos conectores das interfaces seriais e da paralela (nos gabinetes AT).
Figura 11.19
Fendas para os conectores das portas seriais e paralelas.
 
 
 
13) Configure os jumpers da placa de CPU que definem o clock interno e externo, e a voltagem do processador. Cheque se os demais jumpers da placa pre­cisam ser reconfigurados. Habilite o jumper que ativa o fornecimento de cor­rente da bateria para o CMOS.
Figura 11.20
Configure os jumpers da placa de CPU.  
 
14) No caso de placas de CPU para processadores em forma de cartucho (Slot 1 ou Slot A), faça a montagem das bases de sustenta­ção do processador e do dissipador.
Figura 11.21
Mecanismo de sustentação do cartucho.
 
 
 
15) Instale o processador no seu soquete.
Figura 11.22
Instalando o processador.
 
 
 
16) Acople o cooler no processador. Aplique um pouco de pasta térmica entre o processador e o cooler.
Figura 11.23 - Cooler acoplado no processador.
17) Identifique no manual da placa de CPU onde é explicada a instalação de me­mórias. Instale as memórias na placa, de acordo com as instruções do seu manual. Preencha inicialmente o banco 0, normalmente indicado como DIMM-0 no manual da placa de CPU.
Figura 11.24
Instale as memórias.
 
18) Identifique na placa de CPU os conectores nos quais serão encaixados cabos flat. São os conectores das interfaces IDE e da interface de drives. No caso de placas de CPU padrão AT, existem ainda os conectores da interface paralela e das seriais. Observe que existem dois conectores IDE, e caso você utilize apenas uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, deve ser dada preferência à interface primária. Em todos os conectores que receberão cabos flat, identifique a posição do pino 1, através de inspeção visual direta ou através do diagrama desenhado no manual da placa de CPU.
Figura 11.25
Conectores IDE e do drive de disquetes.
 
19) Identifique os cabos flat que você irá usar: o da interface IDE, o da inter­face de drives, das seriais e da paralela. Observe o fio vermelho de cada um desses ca­bos, que deverão corresponder ao pino 1 dos res­pectivos conectores.
Figura 11.26
Cabos flat IDE.  
 
20) Identifique no drive de disquetes, no disco rígido e no drive de CD-ROM, a posição do pino 1 de seus conectores. Isto pode ser feito por inspeção visual direta. No caso do disco rígido, podemos ainda consultar o seu manual, onde normalmente existe um desenho que traz, entre outras informações, a localização do pino 1.
Figura 11.27
Verifique a posição do pino 1.  
 
21) Teste os parafusos que serão usados para fixar o drive de disquetes, o disco rígido e o drive de CD-ROM. Basta colocar os parafusos nas suas partes laterais. Feito isto, separe esses parafusos para que sejam usados no momento da fixação.
Figura 11.28
Teste os parafusos.
 
 
22) Teste os parafusos que serão usados para fixar as placas de expansão. Basta colocá-los nos seus locais e depois retirá-los. Separe-os para que sejam usados no momento oportuno.
Figura 11.29
Teste os parafusos para fixar as placas de expansão.  
23) Identifique os conectores que partem da fonte de alimentação. Observe que existem conectores de 4 pinos para alimentar os drives e o disco rígido. No caso de fontes AT, existem dois conectores de 6 pinos para alimentar a placa de CPU. No caso de fontes ATX, a placa de CPU é alimentada por um conector de 20 pinos. As fontes ATX12V possuem ainda dois conectores adicionais, um para 12V e outro para as tensões de +5V e +3,3V. Este tipo de fonte é mais usada em PCs equipados com o Pentium 4, mas estão se tornando bastante comuns e usadas também em outras plataformas.
Figura 11.30
Conectores da fonte de alimentação.
 
24) Cuidado para não cortar as mãos nas arestas metálicas do interior do gabinete.
25) Muitas fontes de alimentação possuem na sua parte traseira uma chave seletora 110 volts / 220 volts. Posicione esta chave de acordo com a vol­tagem da sua rede elétrica. Se você esquecer este detalhe poderá perder muito tempo quebrando a cabeça, ou na pior das hipóteses pode queimar a fonte e as placas do computador.
Figura 11.31
Chave 110/220.
 
26) Em muitos gabinetes existe um display digital que serve para indicar o clock do pro­cessador. Entretanto, este display não é um medidor de clock, ou seja, não mos­tra de forma automática o clock. O que o display faz é exibir números fixos. Cabe ao montador do PC, a responsabilidade de programar os números que serão exibi­dos no display. Esta tarefa é um pouco complicada e demorada, por isto, po­demos a princípio deixar o display com os números vindos de fábrica, e pro­gramá-lo depois que tudo esti­ver funcionando. Não se preocupe, pois a exibição de números errados no display não irá afetar em nada o funcionamento do computador, já que o display é apenas um enfeite. No final deste capítulo daremos exemplos de programação de displays.
27) Será preciso abrir caminho para introduzir a placa de CPU. Em gabine­tes hori­zontais, podemos em geral colocá-la no lugar sem obstrução de partes do gabi­nete. Em gabinetes tipo mini-torre, em geral será preciso retirar uma das tampas da sua parte inferior, através da remoção de pa­rafusos (figura 32). Em certos modelos de gabinete, a tampa inferior é fixa, mas a peça onde são alojados o disco rígido e o drive de disquetes é removível, através de um parafuso (figura 33). Finalmente, existem gabinetes torre que possuem uma tampa lateral removível. Esta tampa é removida para permitir a fixação da placa de CPU (figura 34). Uma vez fixada a placa de CPU, esta tampa é aparafusada novamente ao gabinete. Existem ainda casos de gabinetes muito espaçosos que não requerem nenhum tipo de remoção para dar passagem à placa de CPU. Você deverá observar o seu gabinete e verificar se a placa de CPU pode ser introduzida diretamente ou se é preciso abrir caminho através de um dos métodos mostrados aqui.
Figura 11.32
Retirando a tampa inferior do gabinete torre para dar espaço à introdução da placa de CPU.
 
 
 
Figura 11.33
Removendo o painel interno dos drives de 3½” para dar espaço à introdução da placa de CPU.
 
 
Figura 11.34
Gabinete torre com tampa lateral removível.  
 
28) No caso de gabinetes AT, ligue o display na fonte de alimentação. Feito isto, você poderá ligar a fonte na rede elétrica e ligar o gabi­nete. Verifique se o display digital está aceso. Não se preocupe com o número que for mostrado. Caso o display acenda, significa que tanto o display como a chave liga-desliga estão corretamente acoplados à fonte. Feito este teste, desligue o gabinete e desconecte a fonte da rede elé­trica.
29) É muito importante lembrar que a montagem deve ser feita com o compu­tador desligado da tomada. A tomada deve ser ligada na rede elétrica ape­nas ao término da montagem. Se for necessário alterar alguma conexão, devemos, antes de mais nada, desligar o computador através da chave liga-desliga. Para uma segurança ainda maior, podemos desligar a tomada da rede elétrica. Qualquer conexão ou remoção de placas, cabos e chips deve ser realizada com o computador desligado.

Interior dos gabinetes

Nesta primeira etapa da montagem, você já estará lidando com o gabinete. Existem gabinetes de vários tipos e tamanhos. Essas diferenças são um pequeno obstáculo para quem quer aprender a montar um computador, mas não chega a ser uma dificuldade séria. Apesar de todas as diferenças, os diversos modelos de gabinetes são bastante parecidos. Os principais tipos de gabinetes são:
AT horizontal
AT mini-torre
AT midi-torre
AT torre grande
ATX horizontal
ATX mini-torre
ATX midi-torre
ATX torre grande
Quando um gabinete é muito compacto, a montagem não chega a ficar difícil, porém é mais trabalhosa. Ficamos com menos espaço para trabalhar, e freqüentemente precisamos retirar peças para ter acesso às placas e conectores. Por exemplo, em certos gabinetes é preciso retirar a fonte de alimentação para ter acesso ao processador.
 Figura 11.35 - Diferenças entre um gabinete horizontal e um vertical.
A figura 35 mostra a diferença básica entre um gabinete horizontal e um vertical. Quando o gabinete vertical é colocado na posição deitada, ele fica com uma disposição muito semelhante à do modelo horizontal. Em ambos os casos, a parte esquerda é usada para alojar a placa de CPU e as placas de expansão. Na parte direita temos a fonte de alimentação (parte traseira) e os locais para a instalação do drive de CD-ROM, drive de disquetes e disco rígido (parte frontal).
Figura 11.36 - Diferenças entre modelos AT e ATX
Também bastante sutis são as diferenças entre gabinetes AT e ATX. A figura 36 mostra dois modelos bastante parecidos. Observe que o modelo ATX possui uma fenda na sua parte traseira, na qual será encaixado o bloco de conectores existente na placa de CPU ATX. Também são diferentes as formas de ligar a fonte de alimentação AT e a fonte ATX. A fonte AT é ligada através de uma chave liga-desliga da qual partem 4 fios que vão diretamente à fonte. A fonte ATX é ligada através de uma chave de baixa corrente, da qual partem dois fios com um pequeno conector que é ligado na placa de CPU. Você poderá ainda ficar surpreso ao encontrar uma combinação bastante estranha, a princípio: gabinete AT com fonte ATX. Eles são destinados a placas de CPU padrão AT que possuem dois conectores de alimentação, sendo um AT e outro ATX. Este tipo de placa pode portanto ser alimentada por uma fonte ATX, mesmo sendo instalada em um gabinete AT.
Figura 11.37
Conectores de alimentação AT e ATX na mesma placa de CPU.
 
 
Muitas vezes os gabinetes compactos oferecem dificuldades para a instalação da placa de CPU. Em alguns modelos mini-torre é preciso remover uma tampa inferior. Em outros casos é preciso retirar a bandeja na qual são fixos o drive de disquetes e o disco rígido. Em outros casos é preciso remover a chapa lateral do gabinete, na qual é montada a placa de CPU. Esses três casos foram mostrados nas figuras 32, 33 e 34 da seção anterior.
A figura 38 mostra um outro caso. Trata-se de um gabinete mini-torre ATX, muito baixo para comportar ao mesmo tempo a placa de CPU e a fonte lado a lado. Para que ficasse bem compacto, seu fabricante optou por colocar a fonte sobreposta à placa de CPU. Desta forma é preciso retirar a fonte de alimentação para ter acesso ao processador e às memórias.
Figura 11.38 - Neste gabinete é preciso retirar a fonte de alimentação para ter acesos ao processador.
Gabinetes verticais são produzidos com diversas alturas. A diferença entre eles é bastante sutil. O compartimento para a instalação das placas é o mesmo. O que varia é o número de locais para a instalação de drives. Nos gabinetes maiores, os drives e a fonte de alimentação podem ficar mais afastados da placa de CPU. A figura 39 mostra um gabinete torre tamanho grande (full tower). Além de apresentar maior espaço interno, este gabinete possui locais para instalação de vários drives, além de locais para instalação de ventiladores adicionais.
 Figura 11.39 - Gabinete torre grande.
Como vemos, existem muito mais semelhanças que diferenças entre os vários modelos de gabinetes. Por isso quem está acostumado a montar PCs com um tipo de gabinete, certamente terá facilidade para fazer o mesmo com outros tipos de gabinetes. Mesmo assim, não se preocupe. Neste capítulo mostraremos as etapas da montagem ilustrando as diversas situações, em função das pequenas diferenças entre os gabinetes.

 

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